TENSÃO
Guerra à vista? EUA enviam militares para a América Latina; entenda
Medida, autorizada pelo Pentágono, reforça a ofensiva militar americana contra organizações de tráfico, enquanto eleva tensões diplomáticas na região
Por Redação

O governo de Donald Trump ordenou o envio de militares das forças aéreas e navais para o Mar do Caribe Meridional, segundo informou a Agência Reuters nesta quinta-feira, 14.
Ainda de acordo com a publicação, a ação foi realizada para "lidar com ameaças à segurança nacional dos EUA vindas de organizações narcoterroristas especialmente designadas na região".
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Já foi noticiado anteriormente que Trump queria usar as Forças Armadas para combater quadrilhas de traficantes latino-americanas que foram designadas como organizações terroristas globais.
A repressão aos cartéis é um objetivo central do novo governo americano, também fazendo parte de um esforço mais amplo para limitar a imigração e proteger a fronteira dos EUA com o México.
Intensificação
Nos últimos meses, o governo Trump enviou pelo menos dois navios de guerra para ajudar nos esforços de segurança de fronteira e no combate ao tráfico de drogas.
Os EUA classificaram o Cartel de Sinaloa, do México, e outras gangues, bem como o grupo criminoso venezuelano Tren de Aragua, como organizações terroristas globais em fevereiro.
As Forças Armadas dos EUA já vêm intensificando a vigilância aérea dos cartéis de drogas mexicanos para coletar informações e determinar a melhor forma de combater suas atividades.
Trump já havia oferecido enviar tropas americanas ao México para ajudar a combater o narcotráfico, oferta que o país latino afirma ter recusado.
Tarifaço
A ofensiva militar norte-americana na América Latina acontece em meio ao tarifaço imposto a produtos brasileiros importados aos EUA. Anunciada no dia 9 de julho, tendo como justificativa uma suposta perseguição do Judiciário ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a taxa foi oficializada no dia 30 do mesmo mês, mas adiada para começar no dia 6 de julho (a expectativa é que tivesse início no primeiro dia de agosto).
Além de perdas desses produtos, que já estavam prontos para serem exportados ao país norte-americano, o estado baiano deve seguir um efeito cascata que deve começar pela perda de produção e consequentemente a uma perda financeira que pode afetar desde os grandes produtores aos pequenos.
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