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Johnson & Johnson é condenada a pagar US$ 1,5 bi por caso de câncer

Veredito é considerado o maior montante já destinado a um único autor em processos desta natureza

Isabela Cardoso

Por Isabela Cardoso

24/12/2025 - 15:16 h
A Johnson & Johnson tem respondido a processos sobre a presença de amianto no talco desde 1990
A Johnson & Johnson tem respondido a processos sobre a presença de amianto no talco desde 1990 -

A gigante farmacêutica Johnson & Johnson sofreu uma derrota histórica nos tribunais americanos. A Justiça dos Estados Unidos condenou a empresa a pagar US$ 1,5 bilhão (aproximadamente R$ 8,3 bilhões) a uma paciente que desenvolveu câncer após o uso contínuo de talco da marca.

O veredito é considerado o maior montante já destinado a um único autor em processos desta natureza.

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A paciente, Cherie Craft, foi diagnosticada com mesotelioma, um câncer agressivo que atinge as membranas de órgãos como pulmões e abdômen. Segundo a acusação, a doença foi causada pela exposição ao amianto, uma substância carcinogênica frequentemente encontrada em depósitos naturais de talco.

Detalhes da indenização bilionária

A condenação imposta pelo júri divide-se em diferentes categorias de reparação, visando tanto o suporte à vítima quanto a punição à empresa:

  • Danos compensatórios: US$ 59,84 milhões (R$ 330,3 milhões) para cobrir despesas médicas, perda de salários e sofrimento físico.
  • Danos punitivos (J&J): US$ 1 bilhão (R$ 5,5 bilhões) como forma de penalizar a conduta da companhia.
  • Subsidiária Pecos River Talc: Condenada a pagar mais US$ 500 milhões (R$ 2,7 bilhões).

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Cherie Craft relatou ter utilizado o produto diariamente durante décadas, interrompendo o uso apenas após o diagnóstico da doença. Vale lembrar que a Johnson & Johnson retirou o talco à base de minerais do mercado global em 2023, substituindo-o por versões à base de amido de milho.

Empresa nega acusações e classifica decisão como "pseudociência"

A Johnson & Johnson anunciou que irá recorrer da decisão, classificando o veredito como inconstitucional. O vice-presidente mundial de litígios da companhia, Erik Haas, defende que os processos são fundamentados em "pseudociência" e insiste que o produto nunca conteve amianto.

Atualmente, a farmacêutica enfrenta uma avalanche jurídica com mais de 67 mil processos ativos de consumidores que alegam ter desenvolvido câncer devido ao uso do talco.

A empresa tem tentado resolver os litígios por meio de acordos bilionários e reestruturações de subsidiárias, mas casos como o de Craft mostram que a batalha judicial ainda está longe do fim.

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Tags:

Câncer estados unidos Johnson & Johnson

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