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RELATO

Mais de 50 brasileiras passaram pela mansão de Epstein, revela vítima

Marina Lacerda expôs que foi vítima da rede comandada por bilionário

Agatha Victoria Reis

Por Agatha Victoria Reis

24/12/2025 - 12:03 h
Marina Lacerda
Marina Lacerda -

Em setembro de 2025, Marina Lacerda expôs que foi vítima de violência sexual cometida por Jeffrey Epstein. Peça-chave para a prisão do bilionário em 2019, ela revelou, em entrevista à BBC News, que dezenas de outras brasileiras também passaram pela mansão dele.

"Pelo menos umas 50 brasileiras, eu acho. Eu levei algumas dessas meninas, e elas levaram outras", relatou Marina.

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Na época, ela morava em Astoria, bairro no distrito do Queens, em Nova York, conhecido pela numerosa comunidade brasileira. Nascida em Belo Horizonte, Marina mudou-se para os Estados Unidos aos 8 anos com a mãe. Ela trabalhou em diversos empregos, mas a renda era insuficiente: "Eu era imigrante e menor de idade", explica.

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A situação mudou quando ela conheceu um grupo de brasileiras que lhe fez um convite: "Uma menina disse: 'Sei que você está passando uma dificuldade imensa e queria te ajudar. Tem um cara super-rico e poderoso que mora em Manhattan e gosta de receber massagem de meninas novas'".

Segundo o relato, a orientação era clara: "Você tem que usar um biquíni por baixo".

O primeiro contato com Epstein

Aos 14 anos, mesmo achando a proposta estranha, Marina aceitou o convite devido à necessidade financeira. "Eu estava muito nervosa e ansiosa, mas essa amiga disse que ele era 'super gente boa'", recorda.

No primeiro encontro, Epstein questionou sua origem, idade e se ela frequentava a escola. Marina conta que ele passava grande parte do tempo ao telefone.

Ao encerrar uma das ligações, ele se virou e começou a tocá-la, pedindo que tirasse a blusa. Marina reagiu: "Eu disse 'não', que não me sentia confortável".

Ela trocou de lugar com a amiga, mas Epstein começou a tocar na outra jovem. Marina afirma que a situação se intensificou rapidamente, deixando ela em choque: "Foi algo muito intenso. Eu não sabia que aquilo ia acontecer".

Após o ato, as duas se vestiram, receberam o pagamento e saíram. "Ele disse que me veria de novo. Fiquei calada, pensando que nunca mais veria aquele cara", diz.

Apóa isso, Marina discutiu com a amiga sobre o ocorrido: "Ela jogou o dinheiro na minha cara e disse para eu parar de reclamar, que eu precisava daquele valor e que ele me ajudaria muito". Lacerda afirma que acabou retornando ao local outras vezes.

Mais de 50 meninas

Com o passar do tempo, a pedido de Epstein, Marina e outra amiga começaram a recrutar mais jovens. O bilionário solicitava especificamente que trouxessem mais meninas.

"Eram meninas que precisavam trabalhar por serem imigrantes, sem documentos ou família. Havia muitas brasileiras, russas e hispânicas. Levamos várias brasileiras, infelizmente", lamenta.

Jeffrey Epstein morreu em sua cela em agosto de 2019, enquanto aguardava julgamento por acusações de tráfico sexual. Sua morte ocorreu mais de uma década após sua primeira condenação por crimes de prostituição envolvendo menores de idade.

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Tags:

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