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Presidente da Colômbia compara mortes em Gaza com Holocausto

Gustavo Petro afirmou que palestinos foram assassinados pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu

Publicado quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024 às 19:09 h | Atualizado em 29/02/2024, 19:22 | Autor: Lula Bonfim
Gustavo Petro deu declarações sobre Netanyahu no mesmo sentido das críticas realizadas pelo presidente Lula
Gustavo Petro deu declarações sobre Netanyahu no mesmo sentido das críticas realizadas pelo presidente Lula -

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, fez duras acusações nesta quinta-feira, 29, contra o governo de Israel, comandado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, e comparou as mortes de palestinos na Faixa de Gaza ao episódio conhecido como “Holocausto”, quando judeus foram perseguidos e mortos pelo império nazista de Adolf Hitler, na Alemanha.

De acordo com o colombiano, a morte de mais de 100 palestinos nesta quinta, durante a entrega de uma ajuda humanitária na Faixa de Gaza, se tratou de um assassinato cometido por Netanyahu.

“Pedindo comida, mais de 100 palestinos foram assassinados por Netanyahu. Isto se chama genocídio e lembra o Holocausto, mesmo que os grandes poderes do mundo não gostem de reconhecer”, disparou Gustavo Pedro, em publicação nas redes sociais.

Petro também sugeriu que todos os líderes mundiais realizassem uma espécie de bloqueio comercial ao governo de Benjamin Netanyahu em Israel, ao mesmo tempo em que anunciou que a Colômbia pararia de adquirir armamentos israelenses.

“O mundo deve bloquear Netanyahu. A Colômbia está suspendendo toda compra de armas de Israel”, anunciou o presidente colombiano.

As declarações de Gustavo Petro vão no mesmo sentido daquelas realizadas pelo presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que disse, em 18 de fevereiro, que Israel está cometendo um genocídio contra os palestinos na Faixa de Gaza e comparou os atos de Netanyahu a aqueles praticados por Hitler, na primeira metade do Século XX.

"O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus", disparou Lula naquela oportunidade.

A fala de Lula gerou insatisfação no governo israelense, que declarou o presidente do Brasil como “persona non grata” em Israel e convocou o embaixador brasileiro para explicações. Como resposta, o petista chamou de volta o representante do país.

Cobrado mais recentemente por explicações, Lula manteve seu posicionamento crítico ao governo de Benjamin Netanyahu e voltou a chamar as ações de Israel na Faixa de Gaza de genocídio.

"Quero dizer para vocês agora: eu não troco a minha dignidade pela falsidade. Quero dizer a vocês que sou favorável à criação do Estado Palestino livre e soberano. Que possa, esse Estado Palestino, viver em harmonia com o Estado de Israel. E quero dizer mais: o que o governo de Israel está fazendo contra o povo palestino não é guerra, é genocídio, porque está matando mulheres e crianças", criticou.

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