MUNDO
Starbucks sofre crise, fecha centenas de lojas e anuncia nova rodada de demissões
Empresa projeta reestruturação de US$ 1 bilhão enquanto busca revitalizar a rede de cafeterias

Por Iarla Queiroz

A Starbucks está implementando mudanças drásticas para tentar recuperar o fôlego financeiro da rede. O CEO Brian Niccol anunciou o fechamento de centenas de lojas ainda este mês e a demissão de mais funcionários corporativos, em uma segunda onda de cortes na sede, como parte de um plano de reestruturação que deve custar cerca de US$ 1 bilhão.
Fechamentos estratégicos
Segundo Niccol, as unidades que serão encerradas representam cerca de 1% das lojas na América do Norte — a rede contava com 18.734 estabelecimentos no final de junho e deve fechar o mês com aproximadamente 18.300 unidades.
Em comunicado aos funcionários, o CEO explicou que os fechamentos atingem lojas que não conseguem oferecer a experiência esperada pelos clientes ou que não têm potencial de crescimento financeiro. “Esta é uma ação difícil, pois nossas cafeterias são centros da comunidade, e fechar qualquer loja impacta parceiros e clientes”, afirmou Niccol.
Reformas e modernização
Apesar dos fechamentos, a Starbucks planeja modernizar mais de 1.000 lojas, com cadeiras mais confortáveis, tomadas extras e cores mais acolhedoras. Pequenas mudanças, como estações de autoatendimento de leite e açúcar e rabiscos nas xícaras, também estão sendo implementadas para reforçar a experiência do cliente.
Leia Também:
Novas demissões corporativas
Além das lojas, a empresa anunciou cerca de 900 cortes no quadro corporativo, somando-se às aproximadamente 1.000 demissões realizadas em fevereiro. Os funcionários afetados receberão pacotes de indenização generosos e suporte para recolocação, e muitas vagas abertas serão encerradas.
Niccol enfatizou: “Sei que essas decisões impactam nossos parceiros e suas famílias, mas são necessárias para construir uma Starbucks mais forte, resiliente e preparada para o futuro, criando oportunidades para parceiros, fornecedores e comunidades”.
Um ano de mudanças
Desde que assumiu há cerca de um ano, Niccol reduziu o cardápio em 30%, introduziu novos itens como coberturas proteicas e água de coco, e reformulou alimentos clássicos, como croissants e produtos assados.
No entanto, nem todas as mudanças foram simples para os baristas. Alguns ajustes no uniforme resultaram em processos judiciais, e algumas bebidas mais complexas aumentaram a pressão em horários de pico. A rede também mudou oficialmente seu nome para “Starbucks Coffee Company”, reforçando o foco no café como essência da marca.
Siga o A TARDE no Google Notícias e receba os principais destaques do dia.
Participe também do nosso canal no WhatsApp.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Siga nossas redes