EXAGERO
Licitação para compra de 70 mil calendários é contestada em Ilhéus
Além dos calendários, prefeito Valderico Júnior (União Brasil) pretende comprar 25 mil canetas entre outros itens

Por Rodrigo Tardio

A população de Ilhéus, sul da Bahia, contesta um processo licitatório da Prefeitura, na gestão Valderico Júnior (União Brasil), para a compra de 10 mil bonés, 70 mil calendários, 22 mil chaveiros, 10 mil garrafas tipo squeeze, 25 mil canetas e 5 mil sacolas. O valor total do contrato é de R$ 14 milhões, com prazo de validade de 1 ano.

O processo foi dividido em dois lotes, o primeiro com materiais gráficos com itens como agendas de capa dura, calendários, chaveiros e canecas. Já o segundo incluí materiais de comunicação visual e produtos como adesivos para automóveis e outdoors em lona, adesivo e papel.
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Tanto o valor do contrato, quanto a quantidade dos materiais, chamam a atenção da população local.
"Enquanto ele faz uma compra que parece supérfluo município sofre com necessidades básicas como saúde e educação, problemas que vem da estão anterior e ainda não foram resolvidas", disse uma moradora que não quis se identificar.
Gastos excessivos
No início do ano, a maior insatisfação da população foi com o fato do gasto da gestão de Valderico Júnior, o qual teria atingido os R$ 20 milhões e 300 mil reais em apenas 54 dias.
Entre os gastos contestados, contratos milionários como o de R$ 15.583.290,00 com a empresa 'R Silva Santiago LTDA', que tem o objetivo do fornecimento de gêneros alimentícios para a merenda escolar.
Outra contrato questionado, foi o firmado por intermédio de inexigibilidade de licitação com a 'Gradus Assessoria e Consultoria Contábil', empresa de Salvador, no de R$ 996.000,00, para assessoria em contabilidade, planejamento e orçamento para a Prefeitura.
Além destes contratos, foram feitos gastos no valor de R$ 1 milhão, quinhentos e noventa mil em combustíveis, e de R$ 1 milhão, duzentos e sessenta mil para serviços advocatícios.
Em nota, a gestão municipal diz que a modalidade não obriga o município a contratar os serviços e que se trata de um Registro de Preços, instrumento auxiliar de contratação previsto em lei, no qual o valor estimado da licitação serve apenas para fins de planejamento e verificação de disponibilidade orçamentária.
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