POLÍCIA
Ex-PM é investigado por liderar esquema que movimentou R$ 33 milhões
Nas redes sociais ele ostenta uma vida de luxo

Por Redação

O mundo das rifas, prática considerada ilegal pela legislação brasileira, atrai milhares de brasileiros. Na cidade de Maceió, por exemplo, o Ministério Público de Alagoas descobriu que já foram movimentados R$ 33,7 milhões através de uma quadrilha chefiada por por Kleverton Pinheiro de Oliveira, conhecido como Kel Ferreti.
Ferreti, de 40 anos, possui mais de 1 milhão de seguidores nas redes sociais, e faturou em apenas um mês R$ 400 mil. As informações são do Fantástico.
Ainda nas redes sociais ele ostenta uma vida de luxo com carros importados e imóveis de luxo.
De acordo com as investigações, Kel ganhava dinheiro com rifas e sorteios manipulados. O promotor Cyro Blatter disse em entrevista ao Fantástico que "não há nenhum tipo de controle" para esse tipo de jogo.
A influenciadora Laís Oliveira também é investigada e tida como peça chave no esquema criminoso. A quadrilha divulgava números de uma rifa e dizia que Alguns dos bilhetes dariam prêmios de dezenas de milhares de reais. Mas, os bilhetes não seriam premiados, portanto a quadrilha chegava a arrecadar milhões de reais
Segundo o Ministério Público, entre janeiro e abril de 2024, Laís Oliveira recebeu quase R$ 1 milhão de uma empresa de Kel Ferreti. Nesse mesmo período, o marido de Laís, Eduardo Veloso, recebeu R$ 456 mil.
Em dezembro de 2024 o casal foi preso em Fortaleza por ligação com rifas ilegais, mas acabaram sendo colocados em liberdade.
Em nota, a defesa de Laís Oliveira e Eduardo Veloso nega as acusações e afirma que “não teve acesso aos áudios mencionados”. Os advogados do casal alegam ainda que eles “atuam como influenciadores digitais”, cuja participação “se restringiu à prestação de serviços de publicidade”.
Kel também foi preso em dezembro do ano passado em seu apartamento em Maceió. Na Operação Trapaça, os agentes apreenderam joias, telefones celulares e cerca de 20 mil reais em espécie.
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Histórico criminoso
Em 2023, Kel que era policial miliar, foi expulso da corporação após filmar e divulgar o próprio voto nas redes sociais, em 2022, o que é proibido pela lei eleitoral.
Além do crime eleitoral, Kel Ferreti foi denunciado por um caso de estupro, ocorrido em junho do ano passado. A vítima é uma das apostadoras enganadas. O influenciador foi condenado a 10 anos, mas depois a pena foi reduzida para 8 anos.
A defesa de Kel Ferreti afirmou, em nota, que ele não é dono de nenhuma plataforma de apostas e que sua atuação se limita à divulgação e publicidade. Sobre o caso de estupro, Kel Ferreti nega as acusações e diz que vai recorrer.
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