POSSÍVEL FEMINICÍDIO
Macabro: parte de corpo de mulher é achada em mala na rodoviária
A mala ficou guardada há 12 dias no local; uma semana antes, outras partes do corpo foram encontradas em uma rua de Porto Alegre

Por Redação

O tronco de uma mulher de cerca de 50 anos foi encontrado dentro de uma mala em um guarda-volumes na manhã desta segunda-feira, 1º, na Rodoviária de Porto Alegre. A Polícia Civil do Rio Grande do Sul divulgou, na quinta-feira, 4, imagens de câmeras de segurança que mostra um homem encapuzado deixando a mala no local.
Além do tronco da vítima, que ficou ha 12 dias na rodoviária, uma semana antes membros do mesmo corpo foram encontrados em sacos em uma rua da capital gaúcha. Ainda não há informações sobre a identidade da vítima.
A Polícia Civil trabalha com a hipótese de que o crime tenha sido motivado por uma relação íntima entre o autor e a vítima, podendo configurar feminicídio. A linha de investigação envolvendo facções criminosas não está descartada, mas é considerada menos provável.
Suspeito é habilidoso
A identidade do suspeito ainda não foi confirmada pelas autoridades. Segundo o diretor do Departamento de Homicídios, delegado Mario Souza, o suspeito do crime dominava técnicas de corte.
"Certamente a pessoa que fez isso detém essa habilidade, ou pela parte médica ou pela parte veterinária ou pela parte de lidar com carnes. A pessoa soube fazer cortes limpos, com alguma perícia, que tornou mais fácil o desmembramento", relatou o delegado.
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Ele também teria demonstrado elevado grau de organização e capacidade criminosa, afirmou o delegado. Ainda de acordo com ele, o homem tomou diversas precauções para atrapalhar a sua identificação, como o uso de luvas, óculos, boné e máscara.
A parte do corpo foi encontrada após funcionários sentirem cheiro forte no local. "É uma mala rígida, preta, estava bem fechada com um cadeado. A pessoa deixou nominal para outra pessoa retirar, e agora no fim de semana, por causa do calor, começou a exalar cheiro ali dentro, e hoje estava insuportável. Tentei contato com os dados que tinham passado, mas não consegui nenhum contato, até para poder descartar", conta Henrique Zamora Rodrigues, supervisor do setor de guarda volumes da rodoviária.
Terceiro ato
A polícia também considera a possibilidade de um terceiro ato, envolvendo o crânio da vítima, que ainda não foi localizado. A prioridade da investigação, segundo o delegado, é capturar o suspeito antes que novas ações sejam realizadas.
“Talvez o crânio seja o terceiro e último ato. O que nós queremos é prendê-lo antes disso. É uma pessoa perigosa, com capacidade de cometer crimes considerável, e que precisa ser retirada urgentemente de circulação”, concluiu.
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