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POLÍCIA

Padastro é suspeito de matar jovem envenenado com bolo de mandioca

Polícia investiga motivação de ciúmes por parte do padastro

Por Redação

21/07/2025 - 10:17 h | Atualizada em 21/07/2025 - 10:47
Polícia Civil relatou contradição e inconsistência em depoimento do padastro
Polícia Civil relatou contradição e inconsistência em depoimento do padastro -

Um jovem de 19 anos foi morto no domingo, 20, por suspeita de ter sido envenenado após comer um bolo de mandioca. A principal suspeita é de que o padrasto do garoto teria agido em razão de ciúmes, controle e sentimento de rejeição, de acordo com a investigação da Polícia Civil (PC) informada pelo portal g1.

O jovem foi identificado como Lucas da Silva Santos, ele faleceu em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, após dez dias de internação. Conforme a polícia e a família, ele passou mal após comer bolinhos que teria sido entregue ao enteado por Ademilson Ferreira dos Santos, preso preventivamente desde quarta-feira, 16.

Suspeita

Em depoimentos, à polícia relatou que o homem se contradisse e demonstrou diversas inconsistências. A defesa dele não foi localizada pela reportagem.

O homem pode indiciado por homicídio triplamente qualificado, segundo a delegada responsável pelo caso
O homem pode indiciado por homicídio triplamente qualificado, segundo a delegada responsável pelo caso | Foto: Uendel Galter/Ag. A Tarde.

Um print obtido pela TV Globo mostrou uma conversa entre o padrasto e um pastor, em que Ademilson Ferreira afirma estar com depressão e revela que já pensou em matar o enteado, mas que Deus o havia livrado disso.

Indicação de crimes

A delegada responsável pelo caso, Liliane Doretto, deve indiciá-lo por homicídio triplamente qualificado pelos seguintes motivos:

  • Por motivo fútil, já que o crime teria sido baseado em ciúmes da vítima;
  • Pelo uso do veneno no alimento, caracterizando meio traiçoeiro de execução;
  • E por ter utilizado recurso que impossibilitou a defesa do jovem, já que o veneno estaria escondido em um alimento.

Investigações

A polícia aguarda pelo laudo da perícia para confirmar se os bolinhos estavam, de fato, envenenados e qual substância foi usada. O inquérito policial está em fase de conclusão e ainda devem ser realizadas perícias para a elaboração do relatório final que será entregue à Justiça.

Morte encefálica

A Prefeitura de São Bernardo informou que o estado de saúde do jovem evoluiu para morte encefálica no início da tarde de domingo e que aguarda resultados de exames do IML (Instituto Médico Legal) para mais detalhes.

IML aponta que jovem estado do jovem evoluiu para morte encefálica
IML aponta que jovem estado do jovem evoluiu para morte encefálica | Foto: Shirley Stolze / Ag A Tarde

O município destacou que foi autorizada pela família do paciente a doação de seus órgãos.

Prisão do padrasto

Conforme a polícia, o padrasto Ademilson é o principal suspeito de ter envenenado Lucas.

"O que justifica o pedido de prisão temporária é que ele, o tempo todo, tentou colocar a culpa na irmã. Disse que foi ela quem ofereceu, mas, na verdade, ele quem pediu. Ele é a única pessoa que leva os bolinhos e entrega pontualmente para cada um da família", afirmou a delegada responsável pelo caso na terça, 15.

Depoimento da mãe

A mãe de Lucas contou que recebeu os bolinhos em casa na sexta-feira, 11, e que foi o próprio padastro quem distribuiu os alimentos para os familiares.

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“Ele abriu e tirou um pedaço, comeu. Depois deu para mim. Entregou o do Tiago no banco, que estava no banho, e levou o do Lucas até o quarto. Foi ele quem entregou tudo”, disse a mãe. Pouco depois do jantar, Lucas passou mal e desmaiou.

Homem foi levado ao hospital

Ele foi levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) União. Na unidade, o médico afirmou que Lucas apresentava um quadro de intoxicação compatível com envenenamento e foi transferido para o Hospital de Urgência.

A equipe médica acionou a Guarda Municipal, e a Polícia Civil, então, iniciou uma investigação.

Em entrevista à TV Globo, Ademilson Ferreira tentou colocar a culpa na irmã dele. “Ela me odeia porque eu sou preto e não sou irmão dela”, afirmou. Ele também lamentou o ocorrido, e disse que Lucas estava prestes a ser promovido no trabalho.

Mais depoimentos

A polícia ouviu também a tia de Lucas duas vezes, que negou ter colocado qualquer substância na comida. Ela afirmou apenas estar afastada da família, mas que não há desavenças graves.

Os investigadores estiveram em duas duas casas, na do jovem e na da tia para coletar amostras da massa dos bolinhos e dos ingredientes usados. O material foi encaminhado para perícia.

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que o suspeito está preso temporariamente e que demais diligências seguem em andamento para esclarecer os fatos.

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Tags:

crime envenenamento jovem Polícia Civil

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