OPERAÇÃO FOGO CRUZADO
Preso por sonegação, empresário participou de carreata para Bolsonaro
Alex Alves Lima foi preso suspeito de sonegar mais de R$ 14 milhões

Por Victoria Isabel

O empresário Alex Alves Lima, de 46 anos, preso nesta terça-feira, 2, por suspeita de liderar um esquema que teria sonegado mais de R$ 14 milhões em impostos aos cofres estaduais, participou de uma carreata pró-Bolsonaro durante as eleições de 2022.
Alex atua no comércio varejista de armas e munições e foi localizado em Feira de Santana durante a Operação Fogo Cruzado. Nas redes sociais, ele se identifica como empresário e instrutor de tiro, além de publicar fotos com armas e registros de viagens.
Alex é um dos proprietários do 1911 Clube de Tiro, com unidades em Feira de Santana, Salvador, Irecê, Coração de Maria e Ipirá. A empresa administrada pelo suspeito se apresenta como o “maior centro de treinamento da América Latina”.
O suspeito deve passar por audiência de custódia nesta quarta-feira, 3, na 2ª Vara Criminal de Feira de Santana.

Carreata
Em seu perfil, Alex publicou um vídeo no qual aparece em uma carreata pró-Bolsonaro durante as eleições de 2022 e escreveu na legenda: “Sem dúvidas, a maior carreata já vista em Berimbau. Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”, slogan popularizado por Jair Bolsonaro em sua campanha presidencial, inspirado em um brado da Brigada de Infantaria Paraquedista do Exército.
Na publicação, ele também usou hashtags como #Bolsonaro2022 e #BolsonaroPresidente.
Operação Fogo Cruzado
A Operação Fogo Cruzado, deflagrada na manhã desta terça-feira, 2, pela Força-Tarefa de Combate à Sonegação Fiscal na Bahia, investiga um esquema que teria causado mais de R$ 14 milhões em prejuízo aos cofres estaduais, envolvendo empresários do setor de armas e munições.
Leia Também:
Mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas cidades de:
- Salvador
- Feira de Santana
- Irecê
- Jussara
- Coração de Maria
Segundo a Polícia Civil, o grupo deixava de recolher o ICMS declarado no prazo legal, de forma continuada, e utilizava diversas manobras para sonegar o tributo, como sucessão empresarial fraudulenta e interposição fictícia de sócios e administradores.
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