POLÍCIA
Rainha do Sul: ação bloqueia R$ 100 milhões ligados a facção na Bahia
Delegado-geral da Polícia Civil, André Viana, destacou a "asfixia financeira" durante a ação

Por Victoria Isabel

A Operação Rainha do Sul, deflagrada pela Polícia Civil da Bahia, na manhã desta quinta-feira, 27, com objetivo desarticular um núcleo estratégico do narcotráfico envolvido em tráfico de drogas, extorsão e lavagem de dinheiro, resultou em 15 prisões e no cumprimento de 25 mandados de busca e apreensão em cinco estados.
De acordo com a Polícia Civil, a ofensiva apreendeu joias de ouro avaliadas em aproximadamente R$ 1 milhão, além de celulares, dinheiro em espécie, drogas e documentos. Também houve bloqueios de contas e investimentos ligados a 26 CPFs e CNPJs, podendo ultrapassar R$ 100 milhões.
Asfixia financeira
Segundo o delegado-geral da Polícia Civil, André Viana, o Departamento Especializado de Investigação e Repressão ao Narcotráfico (Denarc), vinha preparando essa ação com foco na asfixia financeira. “Essa operação é qualificada porque atua na asfixia financeira, ou seja, no bloqueio de bens, de recursos e na prisão dos integrantes. É uma operação brilhante efetuada pelo Departamento de Narcóticos”, afirmou.
Leia Também:
Entre os materiais apreendidos também foram encontrados um revólver calibre .357, aparelhos eletrônicos, um notebook, 520 porções de maconha, porções de cocaína, uma balança de precisão, cartões de crédito e uma placa veicular. A ofensiva inclui ainda o bloqueio de bens, veículos, imóveis e contas bancárias vinculadas aos investigados.

Até o momento, foram bloqueados sete veículos automotores, um jetski, um haras com cavalos de raça avaliado em R$ 3 milhões, e uma usina de energia solar avaliada em cerca de R$ 1 milhão.
Segundo o delegado-geral, a asfixia financeira é a estratégia que a Polícia Civil passou a adotar para dar uma resposta mais eficiente ao crime organizado.
“Sabemos que, quando prendemos um traficante específico, um irmão, sobrinho, tio ou parente assume o lugar e continua a atividade. Quando atuamos na interrupção do recurso financeiro, enfraquecemos e tiramos o estímulo da ação criminosa. Essa abordagem está sendo aplicada não apenas no tráfico, mas também em outros crimes”, explicou.
Siga o A TARDE no Google Notícias e receba os principais destaques do dia.
Participe também do nosso canal no WhatsApp.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Siga nossas redes



