INVESTIGAÇÃO
Rainha do Sul: Denarc detalha romance entre advogada e chefe de facção
Operação foi deflagrada na manhã desta quinta-feira, 27

Por Bruno Dias e Luiza Nascimento

A Operação Rainha do Sul, deflagrada na manhã desta quinta-feira, 27, pela Polícia Civil, resultou em 15 prisões, entre elas, a da advogada Poliane França, no bairro de São Caetano, em Salvador. Segundo o diretor do Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc), Ernandes Junior, a jurista mantém um relacionamento amoroso com Leandro Fonseca, líder de facção, preso no Presídio de Serrinha.
Inicialmente, a relacão teria sido apenas profissional, mas logo os dois começaram a ter um vínculo mais forte.
"No sistema penitenciário ela é cadastrada como advogada dele, mas, de um tempo para cá, ela se tornou companheira do mesmo. Tanto que mudou o status dela no momento das visitas e passou a adentrar o presídio, porque o advogado só fica no parlatório conversando com o cliente [...] e repassar os recados para o mundo externo, tanto para os gerentes financeiros, quanto os gerentes operacionais da organização criminosa", explicou em entrevista ao Grupo A TARDE.
Além de passar as informações, Poliane realizava cobranças, distribuía drogas e armas de fogo e recolhia ouro, que era oriundo da organização criminosa. A advogada atuava como tesoureira, controlando todo o dinheiro e realizando transações.
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"Não era apenas uma menina de recado, mas sim uma pessoa diretamente ligada à organização criminosa com poder de decisão e poder de determinar a cobrança e como iria ser feita aquela cobrança. No mundo externo, ela acabou sendo o braço direito dessa liderança que está no presídio de segurança máxima", afirmou.
Lavagem de dinheiro
Um das formas de lavar dinheiro era através de um haras, que o casal mantinha em Pernambuco. Além da compra de cavalos de luxo, o local abrigava uma usina solar avaliada em quase R$ 1 milhão.
"Eles compravam cavalos para justificar aquele dinheiro. Então, eles adquiriam muitas drogas, repassavam muitas drogas, muitas armas de fogo. Foi possível comprovar a distribuição de diversas armas de fogo no estado da Bahia para a organização criminosa e a determinação também de bondes em determinados bairros", detalhou o diretor.
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