POLÍCIA
Ratos, cobras e aves: carga com mais de 100 kg é apreendida em aeroporto
Segundo o Mapa, parte da carga apresentava alto risco sanitário e vinha da Nigéria
Por Redação

Uma operação de rotina realizada pela Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) resultou na apreensão de quase 150 kg de itens de origem animal e vegetal no Aeroporto Internacional de Guarulhos, nos dias 6 e 7 de agosto. Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), parte da carga apresentava alto risco sanitário e foi trazida por um passageiro vindo da Nigéria.
No primeiro dia da operação, a apreensão somou 46 kg, incluindo 53 ratos empalhados, 20 passeriformes, 19 cobras, 12 morcegos, nove cabeças de gavião, um calau, seis cabeças de bagre, cinco cabeças de papagaio, quatro cabeças de primata e três de canídeos. Auditores fiscais federais agropecuários relataram mau cheiro vindo das bagagens, e foram encontrados dois animais da espécie grifo africano, considerada ameaçada de extinção. Segundo o passageiro, parte dos itens seria destinada ao consumo e parte a rituais religiosos.
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O Mapa lembrou que esses itens representam risco sanitário pela possibilidade de alojarem vírus e patógenos perigosos — como raiva, gripe aviária e Ebola —, além de representar ameaça à fauna silvestre e à biodiversidade brasileira. “Esses itens representam um risco sanitário significativo para a saúde pública e para a biodiversidade. A fiscalização continua para coibir esse tipo de prática”, ressaltou uma nota do Mapa.
Conforme o Anffa Sindical (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários), na ação do dia seguinte os agentes interceptaram outro passageiro com 102 kg de materiais diversos: vegetais (13,9 kg), madeira bruta (7,4 kg), conchas (1,7 kg), peixes (10 kg), 62,7 kg de ratos empalhados, couro (0,85 kg) e aves (5,8 kg).
“A proceder com a ingestão ou o uso de itens de origem animal ou vegetal sem autorização prévia pode representar riscos à saúde humana e animal. A vigilância segue firme para impedir esse tipo de entrada irregular”, destacou um representante do Anffa Sindical.
Foi aplicada uma multa no valor de R$ 149,8 mil, com avaliação de sanções penais que ainda estão em andamento. O transporte de origem animal ou vegetal sem autorização prévia do órgão competente é proibido e está sujeito à apreensão.
A apuração continua para esclarecer procedência, finalidade e rede envolvida na cadeia de trânsito desses itens.
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