JUSTIÇA
Sara Mariano: júri será no mesmo fórum que defesa abandonou audiência
Advogados dos acusados deixaram julgamento por alegarem falta de estrutura

Por Luiza Nascimento

A Justiça da Bahia decidiu, nesta quarta-feira, 26, que manterá o júri do Caso Sara Mariano no Fórum Desembargador Gerson Pereira dos Santos, em Dias D'Ávila, na Região Metropolitana de Salvador, mesmo local anterior. Na última terça-feira, 25, a defesa dos acusados decidiu abandonar o julgamento por alegar falta de estrutura e segurança.
Na ocasião, o advogado de defesa de Ederlan Santos Mariano, Otto Lopes, revelou que tentaria levar o novo júri para o Fórum Ruy Barbosa, em Salvador. Segundo o jurista, desde a audiência anterior, os réus foram agredidos e hostilizados pela população.
"A gente quer que seja desaforado, em especial para a comarca de Salvador, que tem o Fórum Ruy Barbosa com estrutura física adequada para esse julgamento", sugeriu.
No entanto, para a Justiça, a decisão de abandonar a sessão foi ilegal. Desta forma, o júri seguirá no mesmo local.
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Nova data e novos advogados
A nova sessão será realizada no dia 24 de fevereiro de 2026, no Fórum Desembargador Gerson Pereira dos Santos.
O juiz Bernardo Mário Dantas Lubambo, que presidiria a sessão, determinou a intimação dos réus sobre a decisão da ilegalidade, para que nomeiem outros advogados no prazo de cinco dias, contados a partir de 25 de novembro.
Caso as defesas atuais sejam mantidas e voltem a abandonar o fórum, a Defensoria Pública passará a cuidar do caso.
Relembre o caso
Sara Mariana foi morta em 24 de outubro de 2023, na entrada do Povoado Leandrinho, no município de Dias D'ávila.
Entre os acusados estão o viúvo da cantora, Ederlan Santos Mariano, apontado como mentor do assassinato; Weslen Pablo Correia de Jesus e Victor Gabriel Oliveira Neves. Eles estão presos preventivamente e responderão por crimes de feminicídio executado por motivo torpe, meio cruel e sem possibilitar a defesa da vítima, de ocultação de cadáver e associação criminosa.
Em abril, Gideão Duarte de Lima, um dos envolvidos na morte de Sara, foi condenado a 20 anos, 4 meses e 20 dias de prisão em regime fechado. Ele atuou no crime como o motorista de aplicativo que conduziu a pastora até o local onde ela foi morta.
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