POLÍCIA
“Serial killer” teve ajuda da irmã e da filha da vítima nos crimes
Ana Paula Veloso Fernandes é acusada de envenenar 4 pessoas

Por Redação

A universitária Ana Paula Veloso Fernandes, de 35 anos, acusada de ser uma "serial killer", contou com a ajuda da irmã gêmea, Roberta Cristina Veloso Fernandes, e da filha de uma das vítimas, Michelle Paiva da Silva, nos homicídios, segundo o Ministério Público de São Paulo.
Os crimes ocorreram entre janeiro e maio deste ano em São Paulo e Rio de Janeiro, e as três envolvidas foram presas pela Polícia Civil:
Ana Paula, de 35 anos, apontada como a assassina em série, foi presa em julho. Sua irmã, Roberta Cristina Veloso Fernandes, de 35 anos, acabou detida em agosto. Já Michelle Paiva da Silva, de 43, filha de uma das pessoas mortas, foi presa na última terça-feira, 7.
Durante as investigações, foi constatado que Ana Paula matou:
- Marcelo Hari Fonseca (Guarulhos), dono de imóvel alugado por Ana Paula
- Maria Aparecida Rodrigues (Guarulhos), conhecida em aplicativo de relacionamentos
- Neil Corrêa da Silva (Duque de Caxias, RJ), aposentado e pai de amiga da estudante
- Hayder Mhazres (São Paulo), namorado da universitária
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O MP detalhou a participação de cada uma:
- Roberta ajudou Ana Paula a administrar o veneno em todos os homicídios.
- Michelle participou da morte do próprio pai, Neil, pagando R$ 4 mil às irmãs para cometerem o crime.
Ana Paula foi presa pela primeira vez em 9 de julho, quando teria confessado à polícia que tentou envenenar, com um bolo, alunos da turma dela na universidade em Guarulhos. E alegou, segundo agentes, que fez aquilo porque estava tentando se vingar e incriminar a esposa de um policial militar com quem mantinha uma relação extraconjugal.
Assassinatos:
Marcelo Hari Fonseca
A primeira vítima de assassinato foi Marcelo Hari Fonseca, de 50 anos, dono da casa onde Ana Paula morava de favor em Guarulhos. Segundo a polícia, o crime ocorreu em 31 de janeiro.
De acordo com o portal Metrópoles, durante o interrogatório a mulher confessou que cometeu o crime após uma discussão. “Foi quando ele subiu a escada… falei: vou matar ele”. Ana disse ainda à polícia que “limpou o local e queimou o sofá porque estava fedendo”, reconhecendo ter apagado vestígios.
Maria Aparecida Rodrigues
O segundo homicídio foi o de Maria Aparecida Rodrigues, de 49 anos, morta entre 10 e 11 de abril de 2025, em Guarulhos. O caso havia sido registrado como morte natural, mas laudos e exumação revelaram indícios de envenenamento com terbufós, conhecido como “chumbinho”.
Em entrevista ao Metrópoles, o delegado responsável pelo inquérito, Halisson Ideião Leite, comentou sobre como a criminosa agia. “O modo de agir é idêntico: aproximação, manipulação e o uso de veneno como arma silenciosa”, informou.
Ana Paula tentou incriminar o policial militar Diego Sakaguchi Ferreira pela morte de Maria Aparecida, conforme consta nas investigações do 1º Distrito Policial de Guarulhos.
Em depoimento, o próprio Diego relatou que foi surpreendido ao ser apontado informalmente como suspeito e que, na época da morte, nem conhecia Maria pessoalmente.
De acordo com a polícia, Ana Paula e Diego mantiveram um breve envolvimento amoroso, iniciado no começo de março, após se conhecerem em um bar em Guarulhos. Segundo o próprio militar, o relacionamento durou cerca de três semanas e terminou quando ele percebeu “mudanças de humor e comportamentos controladores” por parte dela.
Hayder Mhazres
Em junho de 2025, a terceira vítima foi o tunisiano Hayder Mhazres, de 36 anos, que havia conhecido a mulher por meio de um aplicativo de relacionamento. O encontro ocorreu em São Paulo, onde os dois se viram pessoalmente pela primeira vez. Horas depois de tomar um milk-shake preparado por Ana, Hayder passou mal e foi levado às pressas ao hospital, mas não resistiu.
Neil Corrêa da Silva
O último assassinato foi o de Neil Corrêa da Silva, no Rio de Janeiro, em abril de 2025. Segundo a investigação, Ana Paula foi contratada por Michele Paiva da Silva, filha da vítima, com quem manteve comunicação direta.
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