AÇÃO POLICIAL
Tiros, granada e mortes: insegurança suspende ônibus em Águas Claras
Por causa das mortes, populares protestaram bloqueando a via e colocando fogo em objetos

Por Leilane Teixeira

O clima de insegurança tomou conta de Águas Claras, em Salvador, após uma megaoperação policial realizada no bairro desde a manhã desta quinta-feira, 25, e que se estendeu até o final do dia, resultando na morte de dois suspeitos na região da Condor, área marcada pelo intenso tráfico de drogas.
Por conta das mortes, foi realizado um protesto por amigos e familiares das vítimas, que alegaram "inocência". Segundo os manifestantes, os homens não tinham ligação com o tráfico de drogas.
Em entrevista à Record Bahia, eles pediram justiça e afirmaram que um deles teria apenas "se assustado com a presença dos agentes na localidade".
Durante o protesto, populares bloquearam a via colocando fogo em objetos. Motoristas de ônibus foram obrigados a parar os veículos e tiveram as chaves tomadas pelos manifestantes.
Uma equipe de reportagem da Record Bahia chegou a ser coagida durante a ação. Por conta da insegurança, a circulação do transporte coletivo foi suspensa no bairro até a normalização da situação, e o comércio local fechou as portas.
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Operação
Um confronto entre dois homens e policiais militares foi registrado ainda pela manhã na Condor, em Águas Claras. De acordo com a PM, os suspeitos foram surpreendidos pelas guarnições do 22º Batalhão da Polícia Militar.
Na tentativa de escapar, eles se esconderam em um imóvel e passaram a disparar contra os agentes. Baleados, foram socorridos pelos policiais e levados ao Hospital Eládio Lasserre, em Cajazeiras, mas não resistiram.
“Eles se recusaram a se entregar para responder pelos crimes. Entraram em uma casa e, ao não conseguirem sair, hostilizaram nossas equipes com disparos de arma de fogo”, declarou o tenente-coronel Ricardo a uma emissora de TV.
Ainda segundo o comandante da operação, foram apreendidos:
- duas pistolas;
- um fuzil;
- uma granada.
Por conta do risco de explosão, a área foi isolada e o esquadrão antibombas do Batalhão de Operações Especiais (Bope) foi acionado. Além disso, o Graer também foi chamado para reforçar a operação.
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