POLÍTICA
Após sanções, Moraes confronta bolsonaristas no STF
Ministro faz duro discurso no plenário da Corte
Por Cássio Moreira

Alvo de sanções econômicas determinadas pelo governo dos Estados Unidos, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), fez um duro discurso direcionado ao grupo político liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), durante o retorno das atividades no plenário da Corte, nesta sexta-feira, 1.
Moraes comparou o grupo, que tem apoiado as medidas do presidente americano Donald Trump, o que inclui o 'tarifaço' de até 50% em alguns produtos brasileiros exportados para o país, com uma organização criminosa. O magistrado ainda afirmou que todos serão punidos por suas ações.
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"Mostram não existir limites para a ousadia e covardia dessa organização criminosa, que será responsabilizada, integralmente responsabilizada. Na mais caractertística criminosa, ainda há tempo. Acham que estão lidando com pessoas da laia deles, que estão lidando com milicianos", disparou o ministro do Supremo, que continuou.
"As ações prosseguirão. O rito processual do STF não se adiantará, não se atrasará. O rito processual do STF irá ignorar as sanções praticadas. Esse relator vai ignorar as sanções que lhe foram aplicadas e continuar trabalhando, como vem fazendo, no plenário, na Primeira Turma, sempre de forma colegiada", completou o ministro.
Entenda a Lei Magnitsky
O governo dos Estados Unidos aplicou, na última quarta, 30, a Lei Magntsky ao ministro Alexandre de Moraes. Com a inclusão do seu nome na lista de sancionados, o magistrado agora está proibido de ter ou adquirir bens nos EUA, além permanecer vetado de estabelecer qualquer relação comercial com americanos.
Entre os nomes já punidos com a decisão a medida, estão Artyom Kuznetsov, Pavel Karpove Oleg Silchenko, do Ministério do Interior da Rússia; Andrey Pechegin, do Ministério Público russo; e Olga Stepanova, da Receita Federal da Rússia.
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