BAHIA
Átila do Congo fica de fora da CMS após comandar partido minúsculo
De liderança dos motoristas por aplicativo à derrota nas urnas, vereador liderou o inexpressivo PMB na capital
Átila do Congo (PMB) foi o vereador de mandato em Salvador mais prejudicado com a arrumação partidária para as eleições municipais de 2024. Optando por um partido nanico, o PMB, para alavancar os votos e se destacar no pleito.
Apesar dos 1.469 votos a mais que na última eleição, o parlamentar foi o único de mandato a não conseguir atingir, no mínimo, a suplência na Casa, isso porque seu partido não alcançou o objetivo final que era o quociente eleitoral para elegê-lo e garantir uma cadeira na CMS.
Leia também:
>> Derrotado nas urnas, Igor Kannário não foi apoiado pela própria filha
>> Prefeitura envia à CMS Orçamento para 2025 acima de R$ 12 bilhões
>> Muniz recebe apoio de mais seis partidos para reeleição na Câmara
O cálculo é feito exclusivamente para a eleição de parlamentares, quando se faz necessário que o partido atinja duas metas, a do quociente eleitoral, que é quando há a divisão do número total de votos válidos pelo número de cadeiras em disputa.
No caso da CMS, os 1.340,906 votos válidos divididos pelas 43 vagas, daria pouco mais de 31 mil votos como meta mínima a ser atingida pelo PMB, que só chegou a 17.657 votos no total.
À época filiado ao Patriota, Átila chegou à CMS em fevereiro de 2021, após assumir como suplente o lugar deixado por Daniel Rios, vereador falecido por decorrência da Covid-19. Átila era liderança dos motoristas por aplicativo de Salvador e presidente do sindicato da categoria, que o alçou aos 4.733 votos em 2020.
Escolha ruim
Uma fonte influente ligada ao prefeito Bruno Reis e próxima à gestão de arrumação dos partidos da base aliada afirmou ao Portal A TARDE que o vereador “pagou com a derrota o preço pela ganância política”.
A informação é de que Átila queria fazer do PMB “um partido seu”, legenda inexpressiva na capital, e não conseguiu atingir o objetivo esperado. Foi dito a ele, inclusive, que seria uma missão difícil seguir numa eleição com uma legenda sem estrutura, mas o vereador não quis ouvir os conselhos oferecidos.
“Pagou pela forma de fazer política sem conversar. Política é a arte da conversa”, explicou o interlocutor.
Perfil conturbado
Dono de 6.202 votos nestas eleições, insuficientes para renovar o mandato como vereador de Salvador por mais quatro anos, parlamentar teve mandato recheado de embates e polêmicas na Casa.
Átila figurou na Câmara durante os quatro anos se envolvendo em polêmicas, embates diretos com colegas de bancada, como no dia em que chamou de "irresponsáveis" mulheres que denunciam agressão, falas recheadas de machismo que gerou revolta da bancada feminina na Casa, ou quando atribuiu o aborto ao ‘sexo desordenado’ feito por mulheres jovens, além de briga com membros de comissões por causa de vetos a projetos, chegando a ser denunciado ao conselho de ética da casa por ameaçar o vereador téo Sena (PSDB), correndo o risco de ter o mandato cassado.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Cidadão Repórter
Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro
Siga nossas redes