"VETADOR GERAL DA CMS"
Vereadores endossam críticas a Téo Senna após vetos em PLs
Relator dos projetos na CCJ, o tucano vetou diversas propostas dos colegas na última sexta-feira
O vereador Tiago Ferreira (PT) subiu o tom contra o colega Téo Senna (PSDB), após os vetos no projeto de lei nº 266/2022, de sua autoria, que dispõe sobre a utilização da musicoterapia como tratamento terapêutico complementar de Pessoas com Deficiência ou Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Em discurso no púlpito na Câmara Municipal de Salvador (CMS), o parlamentar endureceu as críticas e classificou o tucano como "vetador geral da CMS".
“Eu chamo a atenção do vereador para que ele não fique conhecido como o vetador geral da Câmara Municipal de Salvador, porque independente das questões ideológicas partidárias, a gente deve colocar o interesse público acima da divergência”, declarou o petista.
Fazendo coro as declarações de Tiago, o vereador Átila do Congo (Patriota), que já teve um embate com Téo, defendeu o petista e afirmou que o parlamentar “não tem o mínimo de responsabilidade social”.
"O projeto importantíssimo, só uma mãe de uma criança autista sabe dos problemas e das dificuldades. Uma pessoa que veta um projeto como esse não tem o mínimo de responsabilidade social, o mínimo de responsabilidade com a cidade", disse o Patriota.
"Vereador como Téo Senna não está preocupado em cuidar da cidade. Está aqui fazendo hora extra, preocupado em ter briga com A e com B”, acrescentou.
Na última sexta-feira, 29, o tucano, que também é relator dos projetos da Comissão da Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), vetou várias propostas dos colegas de parlamentos. O PL de nº 119/2023, de autoria de Átila, também foi vetado.
No momento das falas, Téo Senna não estava no plenário.
Vetos ao PL nº 119/2023
Durante a sessão ordinária desta terça-feira, 3, o Patriota também comentou sobre o veto ao seu projeto, que dispõe sobre a proibição de radares de velocidade em áreas de risco e de violência.
"Na cabeça do vereador, esse projeto não vai resolver nada. Na cabeça dele, vai tirar a arrecadação do município, ou seja, ele não está preocupado com você, cidadão", defendeu o seu projeto.
Na justificativa sobre o voto de rejeição, Téo Senna afirmou que o projeto apresentado pelo Patriota “em nada vai contribuir com a Segurança Pública retirar radares de velocidade de localidades consideradas de risco, ao passo que será uma fragrante renúncia de receita para o Erário Municipal.”
O que diz Muniz
Questionado se tomará alguma atitude em relação as críticas sobre a relatoria do vereador Téo Senna na CCJ, o presidente da Câmara Municipal de Salvador (CMS), Carlos Muniz (PSDB) explicou o funcionamento dos vetos e negou que haja uma confusão entre o correligionário e os demais vereadores.
"O projeto depois da relatoria de Téo Senna, ele é analisado por todos da comissão. Então, o projeto em si não é rejeitado pelo vereador Téo Senna, e, sim pela comissão. Tanto faz, se a comissão que aprova ou rejeita", disse Muniz nesta terça-feira, 3.
"Então, eu acho que não está tendo confusão, o problema todo é que os membros estão acompanhando o relator e, infelizmente, rejeitando os projetos nas próprias comissões", concluiu.
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