GUERRA ORÇAMENTÁRIA
Em meio à imbróglio, Jerônimo defende uso transparente de emendas
"Não dá para a gente ter receio de tocar na ferida", disse o governador da Bahia
Por Cassio Moreira e Gabriela Araújo
Alinhado com o governo federal, Jerônimo Rodrigues (PT) afirmou nesta sexta-feira, 30, que as emendas parlamentares precisam ser distribuídas em consenso com os estados e municípios, provedores diretos do benefício
“Não é possível que a gente tenha emendas que cheguem nos municípios e nos estados, sem a gente sequer, governadores e municípios, combinarem o que é possível e importante fazer”, afirmou o petista, em discurso nesta sexta-feira, 30, em Salvador.
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As declarações de Jerônimo estão relacionadas ao imbróglio envolvendo o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF), que cobrou transparência e rastreabilidade do recurso oferecido aos legisladores.
O gestor estadual também criticou o mau uso do capital cedido aos deputados, por meio do Orçamento, seja da União ou do Estado.
“Não dá para a gente ter receio de tocar na ferida. As emendas não podem ser tratadas, metade utilizadas para fins que não chegam ao final, o seu consumidor, que é o cidadão. As emendas fazem parte do pensamento e do planejamento dos Orçamentos da União, dos Estados e dos Municípios”, disse o chefe do Executivo.
O chefe do Palácio de Ondina ainda considerou o objeto como “importante” para a atuação dos parlamentares.
“É uma dinâmica muito importante para empoderar os mandatos de deputados. Mas, é também para a gente poder pensar estratégia dos recursos federais para ajudar os municípios”, pontuou.
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Na semana passada, o ministro do STF, Flávio Dino, pediu a suspensão da medida, causando uma queda de braço entre os Poderes Legislativo e Judiciário. Após um novo consenso, em reunião na quinta-feira, 29. o magistrado decidiu estender o prazo de entrega dos dados sobre as emendas por mais 10 dias.
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