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26/06/2024 às 12:03 - há XX semanas | Autor: Téo Mazonni e Lula Bonfim

POLÍTICA

Isidório defende deliberação do STF: “Vai meter no xadrez o doente da maconha?”

Religioso, deputado disse ser contra liberação de drogas, mas criticou cadeia para usuários

Isidório se posicionou contra cadeia para usuários de drogas
Isidório se posicionou contra cadeia para usuários de drogas -

O deputado federal Pastor Sargento Isidório (Avante) defendeu nesta quarta-feira, 26, a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que descriminalizou o porte de maconha para uso pessoal. De acordo com o parlamentar, o Poder Judiciário apenas atuou no vácuo deixado pelo Legislativo, que não teria cumprido sua função de debater o tema.

Em entrevista exclusiva ao Portal A TARDE, o religioso afirmou que o Congresso Nacional tem estado mais preocupado em oprimir os governantes do que em legislar.

“Eu costumo dizer que, em tudo que o STF põe a mão, eles estão buscando resolver litígios, medicar doenças que o parlamento não resolveu. Toda vez que o parlamento não age, cabe ao STF dar o medicamento. [O STF] não vai deixar cidadãos no prejuízo, se quem tem que legislar esquece [de fazer o trabalho], troca os caminhos, vai por outros caminhos e, às vezes, quer até oprimir os governantes. O presidente da República e os governadores, às vezes, são oprimidos por quem tinha obrigação de ajudar”, criticou o deputado.

Apesar de se declarar contra a liberação das drogas no Brasil, Isidório defendeu que o assunto precisa ser discutido com a sociedade e com os próprios viciados nos entorpecentes.

“Aquilo que o parlamento não faz, o STF precisa resolver. Eu sou contra a liberação de drogas. Mas não é só ser contra. Você tem que discutir. O país hoje é cheio de drogados. Não é a Bahia”, disse o religioso.

Ainda segundo Isidório, os viciados em drogas não podem ser punidos com cadeia, mas sim serem tratados como pessoas que têm uma doença.

SAIBA MAIS:
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“A droga está virando uma pandemia. Onde é que vai achar cadeia para botar todo mundo? Quando o STF diz que precisa botar eles para fazer serviço social, medidas alternativas, está dizendo que não tem cadeia para todo mundo. Nós não estamos prendendo assassinos, assaltantes, estupradores, monstros matadores de mulheres, os próprios traficantes, os chefes de facções. Aí vai prender o doente? Vai meter no xadrez o doente da maconha, que precisa de tratamento? Eu sou contra a liberação de qualquer droga, mas precisa se estudar, precisa se conversar”, acrescentou Isidório ao Portal A TARDE.

Líder de um projeto social que busca a recuperação de viciados em drogas, a Fundação Dr. Jesus, o parlamentar evangélico revelou ainda que realizou uma festa de São João no empreendimento, para evitar que as pessoas atendidas no local fossem para às ruas, onde teriam acesso aos entorpecentes.

“Eu estou com 1.418 pessoas internadas — homens e mulheres do crack, da cocaína, da maconha — só na Fundação Dr. Jesus. Acabamos de fazer cinco ou seis dias de festejo de São João com Jesus e sem drogas, para não deixar esses homens e mulheres irem para dentro dos circuitos da festa, onde tem droga e tem álcool”, contou.

Para exemplificar sua coerência na defesa do STF, Isidório lembrou outras decisões do tribunal, que garantiram direitos à população LGBT, como a união civil homoafetiva. Segundo ele, é dever do Estado garantir esses direitos e o Legislativo estaria se omitindo do seu papel.

“Quando o STF garantiu direitos a gays e lésbicas, na união homoafetiva, fez aquilo que o parlamento deveria ter feito. [O STF] não ia deixar esses homens e mulheres passando dificuldades, sem direito a saúde, sem direito a previdência, porque são pessoas, são gente, e importam. Quando o STF faz isso, descriminalizando [a maconha], está trabalhando pelo parlamento, que já deveria ter se debruçado, tanto a Câmara quanto o Senado, ouvindo a sociedade, ouvindo os profissionais de imprensa”, argumentou ao Portal A TARDE.

“O STF agiu no lugar do parlamento, buscando o medicamento. É preciso ser discutida a droga, com as famílias, nas igrejas. Independente de religião, tem que abrir o debate com a sociedade. Não para liberar a droga, mas para tratar e ouvir os doentes que se viciaram”, concluiu Isidório.

SAIBA MAIS:
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