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Rui Costa diz que não esperará recursos do governo Bolsonaro

Governador pretende assinar até a próxima semana primeiro convênio com as prefeituras para iniciar obras

Publicado terça-feira, 04 de janeiro de 2022 às 15:03 h | Atualizado em 04/01/2022, 15:08 | Autor: Rodrigo Aguiar

Depois de reclamar na última semana do volume de recursos do governo federal para a recuperação de estradas baianas, o governador Rui Costa (PT) afirmou nesta terça-feira, 4, que não aguardará dinheiro da União para recuperar moradias destruídas pelas enchentes em diversas regiões do estado.

"As pessoas me perguntam se o governo federal vai ajudar com recursos. Eu tenho respondido que o governador da Bahia não vai ficar esperando a ajuda chegar para reconstruir as casas!", escreveu no Twitter o governador.

O chefe do Executivo estadual informou que pretende assinar até a próxima semana, no máximo, o primeiro convênio com os municípios para iniciar as obras das casas que foram perdidas. "Para isso, tenho pedido às prefeituras, com celeridade, o cadastro das pessoas com seus dados básicos, como endereço e CPF", afirmou o petista.

Ainda ao comentar medidas adotadas pelo Estado, o governador disse que a Agência de Fomento do Estado da Bahia (Desenbahia) já firmou quase 200 contratos com comerciantes de vários municípios baianos para oferta de crédito emergencial. "Garantiremos, para todos que tiveram seu ponto comercial alagado com as enchentes, o empréstimo de até R$ 150 mil sem juros", reiterou.

Após uma trégua no período de Natal, quando chegaram a divulgar a formação de uma força-tarefa para auxiliar as pessoas afetadas pelas enchentes, os governos federal e estadual voltaram a entrar em confronto, passado o pior momento da chuva.

Ao destacar sua presença no interior do estado, Rui escreveu que não há como governar "longe das pessoas", o que foi entendido como uma referência ao presidente Jair Bolsonaro, seu adversário político, que vinha sendo criticado por manter as férias em Santa Catarina em meio à tragédia baiana. 

Poucas horas depois, o Ministério das Relações Exteriores informou ao governo estadual a dispensa do apoio oferecido pela Argentina. Ainda assim, o governador insistiu que aceitaria a ajuda do país vizinho "sem precisar passar pela diplomacia brasileira".

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