BAHIA
Rui defende punição aos indiciados pela tentativa de golpe de Estado
Ministro questiona pedidos de anistia aos envolvidos na trama golpista
Por Lula Bonfim e Eduardo Dias
O ministro Rui Costa defendeu que haja uma punição dura para os 37 envolvidos e indiciados pela tentativa de golpe de Estado e plano de assassinato do presidente Lula. Entre os nomes estão o ex-presidente Jair Bolsonaro e generais das Forças Armadas que faziam parte de seu governo.
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"Vocês me conhecem há muito tempo. Eu acho que a impunidade é a irmã gêmea da criminalidade. Toda vez que você permite que a impunidade ganhe força, você cresce a criminalidade. Quando alguém é preso com um fuzil na mão, com a pistola na mão, assaltando, e é solto na audiência de custódia, isso só faz crescer a criminalidade. Alguém que trama, que organiza, que monta esquema para se sequestrar e matar. presidente da Suprema Corte. E não é pensar como eu ouvi o filho do ex-presidente falando. Está comprovado, eles monitoraram, estavam na porta da casa do ministro da Suprema Corte. Todo esquema montado para se sequestrar e eventualmente matar o presidente eleito, vice-presidente eleito e ministro da Suprema Corte. Então, isso não há nem de se pensar, na minha opinião, de anistia. Isso é crime e como crime tem que ser punido", afirmou Rui.
O ministro da Casa Civil do governo Lula também questionou as críticas feitas por aqueles que bradam em nome da segurança pública no país, mas que estão envolvidos na trama golpista. E defendeu que não haja anistia para os indiciados pela Polícia Federal.
"Muito me surpreende aqueles que têm uma fala mais dura, quando se trata de segurança pública, dizendo que bandido bom, é bandido morto, ou sei lá o quê, agora vem falar dos seus crimes de anistia. Quando o crime é cadeia ou punição maior. Quando o crime é deles, é anistia. Acho que não cabe, seja qual for o crime, nenhum tipo de impunidade. Eu sou muito rígido com isso. Acho que isso não tem cabimento do que eles fizeram. E nós estamos falando aqui de detalhes, que nós podíamos estar numa condição do país completamente diferente", disse.
"Você imagine se esse esquema criminoso tivesse tido êxodo, hoje a história do Brasil podia estar sendo diferente. Quantos milhares de pessoas que podiam ter morrido, eventualmente num conflito social que decorresse daí, então é inadmissível isso e, repito, isso não condiz com o espírito do brasileiro: envenenar pessoas, organizar assassinato, isso é coisa de quadrilha, de gangue, de criminoso e essas pessoas que fizeram isso tem que responder pelos seus atos no seu CPF e na sua vida individual para que isso não se repita jamais", completou Rui.
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