JUSTIÇA
STJ nega pedido de habeas corpus da mulher de Binho Galinha
Decisão foi relatada pelo ministro Joel Ilan Paciornik, publicada no Diário da Justiça
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou o pedido de habeas corpus de Mayara Cerqueira da Silva, mulher do deputado estadual Binho Galinha (PRD), suspeita de assumir o “alto comando” da organização criminosa, supostamente chefiada pelo parlamentar.
O documento, que tem relatoria do ministro Joel Ilan Paciornik, rejeita o pedido apontando que ainda não “há elementos autorizadores para a concessão da tutela de urgência”. A medida foi publicada no Diário da Justiça Eletrônico, na última terça-feira, 18, e ainda carece do parecer do Ministério Público Federal.
Mayara Cerqueira foi presa no dia 9 de abril, durante operação deflagrada pela Polícia Federal, nomeada de Operação Hybris, que surgiu como desdobramento da Operação El Patrón, que investiga o grupo de milicianos por receptação de cargas roubadas, lavagem de dinheiro, agiotagem, extorsão e exploração do jogo do bicho.
No último dia 5 deste mês, os advogados da mulher recorreram ao Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) para converter a prisão preventiva de Mayara para prisão domiciliar. A solicitação, no entanto, também foi negada pelo Judiciário baiano.
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A decisão, relatada pelo desembargador Baltazar Miranda Saraiva, justifica a negativa com a convivência da mulher com a sua filha de 9 anos, com quem dividia a residência.
“Acusada atua na ORCRIM investigada em várias frentes, a exemplo do jogo do bicho e da movimentação da verba ilícita arrecadada; além disso, houve tentativa de ocultar/dissimular provas contra a própria investigada e terceiros envolvidos nas práticas delituosas por ela comandadas. Nessa esteira, são imputadas à paciente condutas de extrema gravidade, praticadas de forma reiterada, que possuem o condão de expor a sua filha a elevado risco”, descreve um trecho do texto.
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