PROVOCAÇÃO
Bolsonaro compartilha vídeo de MC Poze apoiando Lula: "Vai dar PT"
Funkeiro foi preso por suspeita de ligação com o Comando Vermelho
Por Redação

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) compartilhou um vídeo em suas redes sociais que mostra o MC Poze do Rodo declarando apoio a eleição de Lula (PT). O funkeiro foi preso na quinta-feira, 29, por suposta ligação com a facção criminosa Comando Vermelho (CV).
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“Cada um escolhe o que quer ser, e eu sou Lula, porra. O papo é um só, e quem fecha comigo canta assim: ‘vai dar PT, vai dar' — disse o artista durante um de seus shows, puxando depois uma letra de funk em que o termo “PT” originalmente se refere à "perda total". O contexto, no entanto, foi adaptado, especialmente no período eleitoral, como referência ao Partido dos Trabalhadores.
No vídeo compartilhado por Bolsonaro, há trechos do show de Poze e também do momento em que ele foi preso e algemado por policiais no Rio de Janeiro.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) May 30, 2025
Ligação com facção
MC Poze do Rodo, confessou que tem vínculo com o Comando Vermelho (CV). Segundo a coluna Mirelle Pinheiro, do Metrópoles, a confissão foi feita pelo funkeiro a agentes penitenciários durante o procedimento de triagem, logo após a sua prisão.
Um prontuário de ingresso no sistema prisional do Rio de Janeiro confirma a declaração do artista. O documento oficial, preenchido no momento da entrada do artista na Penitenciária Dr. Serrano Neves (Bangu 3A), traz o campo “ideologia declarada” marcado com um “X” na opção “CV”, sigla do grupo criminoso que domina a maior parte das favelas do Rio.
Além disso, a ficha de custódia também registra que o motivo da prisão foi temporária, com prazo inicial de 90 dias, e aponta que Poze possui ensino médio incompleto.
Vale lembrar que a Bangu 3A é reconhecida nos bastidores do sistema como uma unidade de controle do Comando Vermelho, fato que confirma a adequação da alocação ao protocolo estabelecido pela Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), a qual disse que a prática de questionar presos recém-detidos sobre eventuais vínculos com facções é comum e visa evitar confrontos entre grupos rivais no interior das unidades.
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