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Bolsonaro é escoltado de volta à prisão domiciliar após exames
Ex-presidente está com anemia e resíduos de pneumonia. Aliados dizem que ele está em pânico com possibilidade de ir para o presídio

Por Redação

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vai investir na fragilidade de sua saúde para mantê-lo em prisão domiciliar. Neste domingo, 14, o ex-presidente, condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado, realizou exames em um hospital de Brasília.
Bolsonaro deixou sua residência sob escolta de homens armados. Os médicos apontaram um quadro de anemia por falta de ferro e um resíduo de pneumonia. Também foram extraídas lesões na pele para avaliação sobre necessidade de tratamento.
Cláudio Birolini, médico que acompanha a saúde de Bolsonaro, afirmou que o ex-presidente passou por exames de rotina. "Ele é um senhor de 70 anos que passou por diversas intervenções cirúrgicas. Ele está bastante fragilizado por essa situação toda", disse.
Pânico
Aliados que têm acesso ao ex-presidente dizem que está em pânico com a possibilidade de ser enviado para uma cela do Complexo Penitenciário da Papuda, aliados. Ele tem medo de passar mal no local e não ter atendimento médico apropriado, ou de ser mal tratado por outros presos.
O médico de Bolsonaro disse também que os refluxos do ex-presidente melhoraram bastante, mas ainda persistem, e que a hipertensão está sendo controlada. "Foram apenas alguns exames que são feitos mensalmente para avaliar a evolução", explicou.
Foram retiradas oito lesões na pele, para que os exames laboratoriais identifiquem se são fruto de alguma doença. O pedido dos advogados diz que foi identificado um "nevo melanocítico", uma pinta na pele normalmente benigna, e uma "neoplasia de comportamento incerto", lesão sem natureza definida e que precisaria de remoção para análise.
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O boletim médico não indica quando sairá o resultado, mas informa que Bolsonaro deve seguir com o tratamento da hipertensão arterial, do refluxo e medidas preventivas de broncoaspiração.
A visita ao hospital neste domingo foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, que determinou que o ex-presidente apresente o atestado de comparecimento, com a data e os horários dos atendimentos, em até 48 horas após a finalização do procedimento.
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