POLÍTICA
Bolsonaro já admitiu voto em Lula e pregou fuzilamento de FHC; relembre
Ex-presidente se tornou principal algoz de petista

Por Cássio Moreira

Hoje principal nome da direita conservadora, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado por tentativa de golpe de Estado, já foi adepto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu principal adversário político. Em 2002, o militar usou seu tempo de fala na Câmara dos Deputados para revelar sue voto no petista, eleito naquele ano pela primeira vez.
O vídeo em que Bolsonaro fala sobre as expectativas para o novo governo voltou a viralizar nas redes nos últimos dias.
Leia Também:
Na ocasião, Bolsonaro defendeu o então presidente eleito, que ainda não havia tomado posse, e pediu que ele indicasse o também petista José Genoíno, ex-guerrilheiro de esquerda na ditadura militar, para o Ministério da Defesa.
Bolsonaro também sugeriu o então comunista Aldo Rebelo, que era filiado ao PCdoB. Atualmente, Rebelo e Bolsonaro são aliados políticos.
"Confesso publicamente que no segundo turno eu votei no Lula. Escolhi o que eu entendia ser a melhor opção, com esperanças pelo país no ano que vem. Eu não tenho como indicar ninguém para a Defesa, mas tenho minha voz. Eu peço até que seja o Genoíno, reconheço a competência dele, não seria oposição a ele. São homens competentes", disparou Bolsonaro em discurso.
Fuzilamento de FHC
Antes disso, em 1999, Bolsonaro polemizou ao sugerir em rede nacional o fuzilamento do então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Na época, o deputado federal também pregou o fechamento do Congresso Nacional como única alternativa para consertar os problemas políticos do país.
"Através do voto você não vai mudar nada nesse país, nada, absolutamente nada. Você só vai mudar, infelizmente, quando um dia nós partirmos para uma guerra civil aqui dentro. E fazendo um trabalho que o regime militar não fez, matando uns 30 mil. Começando com FHC, não deixando ir para fora, não. Matando! Se vão morrer alguns inocentes, tudo bem", afirmou Bolsonaro.
Bolsonaro condenado
Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), após ser apontado como mentor intelectual de uma tentativa de golpe de Estado.
Atualmente, o ex-presidente está preso em caráter domiciliar, no âmbito da investigação sobre os crimes de coação de Justiça. Bolsonaro ainda não começou a cumprir a pena pela condenação por golpe de Estado.
Siga o A TARDE no Google Notícias e receba os principais destaques do dia.
Participe também do nosso canal no WhatsApp.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Siga nossas redes