APÓS DERROTA
Boulos detona Congresso após derrubada do IOF: “Quer executar”
Deputado também subiu o tom contra o sistema tributário do país
Por Redação

O deputado federal Guilherme Boulos(PSOL-SP) fez duras críticas ao Congresso Nacional após derrota imposta ao governo Lula (PT) durante votação que derrubou o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
“Nós temos um Congresso que é eleito para legislar, o que está acontecendo é que o Congresso está querendo executar e a farra das emendas parlamentares é maior expressão disso”, disse Boulos neste sábado, 28, em entrevista à CNN.
O parlamentar ainda mencionou um dos motes de campanha eleitoral do presidente Lula ao defender o posicionamento do chefe do Executivo.
“O presidente Lula foi eleito com a proposta de botar o rico no imposto de renda e botar o pobre no orçamento. É isso que o presidente Lula está buscando fazer”, afirmou o deputado federal ao responsabilizar o Congresso pela falta de seriedade no debate político econômico.
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Boulos ainda criticou o atual sistema tributário do país, que segundo ele, penaliza as classes trabalhadora e média, em comparação aos grandes bancos e o agronegócio.
“Sabe qual o problema hoje? É que quem paga mais imposto no Brasil é a classe trabalhadora e a classe média. Quem recebe uma grande fatia do recurso público são os bilionários com R$ 860 bilhões de isenção fiscal”, afirmou.
Assista
Entenda derrubada do IOF
O PDL (projeto de decreto legislativo) que derruba as regras do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) do governo Lula (PT) foi aprovado pelo Congresso Nacional na quarta-feira, 25.
Foram 383 votos favoráveis e 98 contrários em sessão semipresencial na Câmara e votação simbólica no Senado.
O Senado votou proposta após a aprovação do PDL pelos deputados. O presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), fechou um acordo com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) para votar o texto no mesmo dia nas duas Casas.
Como fica o IOF após a derrubada?
A derrubada do decreto que aumentava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) provocou a terceira mudança nas alíquotas em pouco mais de um mês.
As alíquotas que vigoravam até 22 de maio, quando o Ministério da Fazenda anunciou as mudanças, foram retomadas.
A revogação do decreto cria um desafio para o governo, ao provocar perda de R$ 12 bilhões em arrecadação para 2025, segundo a Receita Federal. No entanto, para o cidadão, as mudanças aliviam o bolso, com alíquotas menores sobre as operações de câmbio, de empréstimo para empresas e da previdência privada do tipo Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL).
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