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Em tom de campanha, Bolsonaro fala em luta do bem contra o mal

Bolsonaro disse ainda, em evento político, que às vezes “embrulha o estômago” cumprir a Constituição

Publicado domingo, 27 de março de 2022 às 15:31 h | Atualizado em 27/03/2022, 19:04 | Autor: Da Redação
Bolsonaro ao lado de ministros, apoiadores e da primeira-dama, Michele
Bolsonaro ao lado de ministros, apoiadores e da primeira-dama, Michele -

Em um evento no qual predominou o clima de campanha, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou neste domingo, 27, que a eleição de outubro não é luta da esquerda contra a direita, mas “do bem contra o mal” e que tomará decisões “contra quem quer que seja” se tiver apoio de seu “exército” de apoiadores.

A lançar sua pré-candidatura à reeleição, no evento que foi rebatizado de “ato de filiação” para evitar problemas com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Bolsonaro afirmou ainda que às vezes “embrulha o estômago” cumprir a Constituição.

Provável vice na chapa, o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, era esperado no ato, mas não compareceu. O ministro da Educação, Milton Ribeiro, era um dos convidados do evento, mas também não apareceu.

“Para defender a liberdade e a nossa democracia, eu tomarei a decisão contra quem quer que seja. E a certeza do sucesso é que eu tenho um exército ao meu lado, e esse exército é composto de cada um de vocês”, disse ele, acrescentando: “Por vezes, me embrulha o estômago ter que jogar nas quatro linhas [da Constituição], mas eu jurei e não foi da boca para fora”.

Sem mencionar a suspeita de cobrança de propina por pastores que atuam como lobistas no MEC ,  entre outros casos suspeitos, ele disse que seu governo não tem casos de corrupção.

“Acabou a farra com dinheiro público. Buscam qualquer coisa, qualquer gota d'água para transformar em um tsunami. Todos sabem como nos portamos. Três anos e três meses em paz nessas questões. Se aparecer, nós colaboraremos para que os fatos sejam elucidados”.

O PL estima que  de sete mil pessoas compareceram ao ato, que ocorreu no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB). O evento ficou com vários espaços vazios, com uma maior concentração de pessoas nas proximidades do palco onde estavam as autoridades.

O evento contou com a presença de parlamentares, ministros, a exemplo de Ciro Nogueira (Casa Civil), Flávia Arruda (Secretaria de Governo), Tereza Cristina (Agricultura), Augusto Heleno (GSI) e Tarcísio de Freitas (Infraestrutura), que deve ser filiar ao Republicanos nesta semana para poder disputar o governo de São Paulo. O ex-presidente Fernando Collor, senador pelo PROS de Alagoas, também estava presente.

Para reforçar a tentativa da campanha do presidente para reduzir sua rejeição junto às mulheres, Bolsonaro também levou a primeira-dama, Michele, e deu um espaço para ela falar.

Em gesto aos jovens, preocupação das campanhas neste ano, Bolsonaro pediu que suas famílias contassem como era a vida delas antes. "Não podemos esquecer o nosso passado, porque aquele que esquece seu passado está condenado a não ter futuro. Os mais jovens podem não conhecê-lo, os seus pais e avós têm a obrigação de mostrar para eles para onde o Brasil estava indo, bem como vivem os jovens em outros países, como por exemplo a Venezuela."

O presidente passou o microfone para a ministra Tereza Cristina (Agricultura) e para a primeira-dama, Michelle.  A primeira-dama, que não costuma discursar, falou rapidamente. "Sei que, assim como Ele [Deus] foi fiel em 2019, será em 2022."

Filiaram-se ao PL neste domingo os ministros Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia) e João Roma (Cidadania), além do senador Eduardo Gomes (TO). O evento teve ainda a apresentação oficial do slogan “O capitão do povo".

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