CASO DAS JOIAS
Pai de Cid confirma entrega de US$ 68 mil a Bolsonaro em NY, diz PF
Valor foi adquirido através da venda de relógios
Por Da Redação
O general da reserva do Exército Brasileiro, Mauro Cesar Lourena Cid, confirmou aos investigadores da Polícia Federal que entregou US$ 68 mil dólares (R$ 372.055,20 na cotação atual) em dinheiro vivo ao ex-presidente Jair Bolsonaro. O valor foi entregue ao então presidente da República no dia 13 de junho de 2022, dia anterior à venda dos relógios.
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O pai do ex-ajudante de ordens da Presidência, Mauro Cid, ainda encaminhou mensagens ao seu filho informando sobre a transação, conforme consta no relatório divulgado pela Polícia Federal (PF), que teve o sigilo quebrado nesta segunda-feira, 8, pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O montante recebido pelo general da reserva equivale à venda dos relógios recebidos de presente pela Presidência da República. Segundo os agentes federais, Lourena repassou os valores de “forma fracionada”.
“A análise dos saques realizados na conta bancária de LOURENA CID a partir do dia 13 de junho (data do recebimento dos U$ 68 mil dólares) até o mês de setembro de 2022, quando o investigado viaja para a cidade de Nova Iorque para compor a comitiva presidencial, evidenciou a saída em espécie do montante de US$ 37.600,00 (trinta e sete mil e seiscentos dólares). O valor é compatível com a afirmação feita pelo colaborador Mauro Cid, que revelou que Lourena Cid entregou, pessoalmente, cerca de US$ 30.000,00 (trinta mil dólares) em espécie, ao então Presidente Jair Bolsonaro em Nova Iorque, no mês de setembro de 2022”, diz a PF.
Os itens vendidos somados a esse montante foram Rolex Day-date, que integrava o denominado “kit ouro branco” (anel, abotoaduras, um rosário islâmico ("masbaha”), junto com outro relógio da marca Patek Philippe.
Ao todo, o desvio dos itens luxuosos rendeu ao bolso do ex-presidente e aos seus aliados R$ 6,8 milhões, conforme mostra o documento da PF. O envio dos objetos foi realizado com o avião presidencial, sob a justificativa de viagem oficial. No relatório, os agentes da PF alegam “uso da estrutura do Estado para obtenção de vantagens”.
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