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PL do aborto pode igualar leis do Brasil a do Afaganistão e Indonésia

Países têm leis rígidas sobre antiaborto e violações sistemáticas dos direitos das mulheres

Por Da Redação

14/06/2024 - 18:48 h
Projeto de lei tramita em regime de urgência na Câmara dos Deputados
Projeto de lei tramita em regime de urgência na Câmara dos Deputados -

O projeto de lei que equipara o aborto a um crime de homicídio, de autoria do deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL), caso seja aprovado e sancionado pelo presidente Lula (PT), o Brasil se igualará as legislações do Afeganistão, El Salvador e Indonésia.

Os países são considerados por ter as leis rígidas sobre antiaborto e violações sistemáticas dos direitos das mulheres. No Afeganistão, por exemplo, o Código Penal trata a assistolia fetal, protocolo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para abortos acima de 20 semanas, como crime com penas variadas.

Já na Indonésia, o aborto fora das exceções legais pode ser condenado a até quatro anos de prisão, segundo a legislação do país. Aqueles que fazem o procedimento podem enfrentar reclusão de até cinco anos se tiverem o consentimento da mulher, ou até 12 anos sem consentimento.

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>> “Na cabeça de quem entra isso?”, diz Wagner sobre PL do Aborto

>> "Jamais iria direto ao plenário”, diz Pacheco sobre PL do aborto

A proposta, que tramita na Câmara dos Deputados, por sua vez, estabelece o período de até 22 semanas de gestação para a realização de qualquer procedimento de aborto em casos de estupro. A medida ainda pode se estender aos casos de interrupção, a exemplo de anencefalia fetal e risco à vida da mãe.

Além destes precedentes, a proposição também abre caminhos para um possível aumento da gravidez na adolescência, o que preocupa as instituições brasileiras.

A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, lembra que “as principais vítimas de estupro no Brasil são meninas menores de 14 anos, abusadas por seus familiares, como pais, avôs e tios. São essas meninas que mais precisam do serviço do aborto legal, e as que menos têm acesso a esse direito garantido desde 1940 pela legislação brasileira".

Causar aborto intencionalmente pode levar a até sete anos de prisão, conforme o PL. Se o aborto for provocado com drogas, mesmo com o consentimento da mulher, a pena pode ser uma duração intermediária de encarceramento —o código penal afegão não especifica a duração exata desta categoria— ou uma multa.

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Tags:

aborto no Brasil Câmara dos Deputados direitos das mulheres direitos reprodutivos legislação sobre aborto PL do aborto Política brasileira projeto de lei

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