PL terá que pagar viagem de Bolsonaro em avião da FAB
Voo realizado no 7 de setembro era tratado como oficial, mas foi incluído nos gastos de campanha
A viagem do presidente Jair Bolsonaro para o Rio de Janeiro, no feriado de 7 de setembro, terá que ser paga pelo PL, partido do mandatário, por se tratar de evento de campanha. O uso de aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) durante a campanha presidencial, apesar de permitido pela legislação eleitoral, deve ser ressarcido pelo partido do candidato.
Uma consulta feita através da Lei de Acesso à Informação, a pedido do colunista Rodrigo Rangel, do site Metrópoles, demonstrou que alguns voos de campanha que Bolsonaro fez nas asas da FAB não foram listados entre os que precisam ser ressarcidos pela legenda. Após a publicação, a viagem do 7 de setembro foi incluída na lista de voos que serão cobrados do partido do presidente, o PL.
A última versão do documento, que incluía as viagens feitas até 1º de outubro, apontava para uma fatura de R$ 3,5 milhões a ser paga pelo partido do presidente. Com a inclusão do novo período — e de voos que antes não estavam contabilizados, como o do 7 de setembro para o Rio —, o valor total saltou para R$ 5,3 milhões.
De acordo com o Gabinete Pessoal do Presidente da República, que forneceu os dados após determinação da Controladoria Geral da União, a CGU, a cifra ainda pode sofrer alteração porque “se encontra em fase de apuração”.
Além do voo ao Rio para o desfile do bicentenário da Independência, nessa última atualização foi incluída uma viagem feita pelo presidente a São Paulo em 1º de outubro. Na ocasião, Jair Bolsonaro participou de uma motociata na capital paulista.