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Quem é Mauro Cid, investigado por fraude na vacina e joias sauditas

Tenente-coronel foi escalado para a função de ajudante de ordens de Bolsonaro pouco antes da posse, em 2018

Publicado quarta-feira, 03 de maio de 2023 às 10:03 h | Autor: Da Redação
Filho de general, o tenente-coronel Mauro Cid tem mais de 20 anos de Exército
Filho de general, o tenente-coronel Mauro Cid tem mais de 20 anos de Exército -

Foi preso, nesta quarta-feira, 3, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid. Como parte da Operação Venire, que também cumpriu mandado de busca e apreensão na casa do ex-presidente da República, a ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

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Filho de general, o tenente-coronel Mauro Cid tem mais de 20 anos de Exército. Ele foi alçado ao posto de ajudante de ordens pouco antes da posse do ex-presidente, em 2018, sendo responsável, por exemplo, por assessorar particularmente Bolsonaro.

Mauro Cid concluiu a Academia Militar das Agulhas Negras em 2000. Ele também atuou como instrutor na instituição. Com frequência, Mauro era escalado por Bolsonaro para missões que requeriam muita confiança. Foi o militar quem articulou tentativas para recuperar as joias sauditas que foram retidas pela Receita Federal no aeroporto de Guarulhos.

Após ter o nome citado em nova polêmica envolvendo o ex-presidente, nesta quarta-feira, 3, Mauro Cid foi preso pela Polícia Federal, suspeito de integrar um grupo que inseria dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde.

Caso das joias

Em depoimento colhido pela Polícia Federal, o sargento da Marinha Jairo Moreira da Silva confirmou que foi ao aeroporto de Guarulhos (SP) em dezembro do ano passado tentar retirar as joias sauditas doadas ao então presidente Jair Bolsonaro e que as mesmas iriam para Michelle Bolsonaro.

A jornalista Andréia Sadi publicou em seu blog no g1 que o sargento disse ter recebido uma ordem do tenente Cleiton Henrique Holszchuk, assessor de Mauro Cid.

O blog apurou que, durante o depoimento à PF no dia 31 de março, Jairo Moreira disse que, em 28 de dezembro de 2022, foi informado pelo tenente Cleiton que iria no dia seguinte ao aeroporto de Guarulhos "pegar alguns presentes que estavam retidos na alfândega" e que deveriam ser levados para Brasília e registrados.

Acrescentou, então, que foi entregue a ele o ofício 736/2022, no qual estavam descritos os bens a retirar e que não foi informado a ele se deveria procurar alguém no local. E que, no dia seguinte, seguiu a ordem do tenente Cleiton e pegou um voo da FAB para Guarulhos. 

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