REPROVAÇÃO
Briga de família: Bolsonaro está incomodado com ações de Eduardo
Interlocutor deve ir aos EUA para ter uma conversa pessoal com o deputado federal

Por Redação

Os frequentes ataques de Eduardo Bolsonaro a parlamentares, membros do Judiciário ou até aliados, como o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, vem causando incômodo a Jair Bolsonaro (PL).
Segundo relatos de aliados feitos à coluna de Bela Megale, de O Globo, o ex-presidente avalia que o filho está “falando muito” e que, a cada vez que se pronuncia, prejudica ainda mais o pai.
Em prisão domiciliar e proibido de falar com Eduardo, Bolsonaro chegou a pedir que um aliado transmitisse essa mensagem ao filho. A ideia é que esse interlocutor vá aos Estados Unidos para ter uma conversa pessoal com Eduardo, na tentativa de amenizar as falas do deputado federal.
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Esse não é o primeiro recado que Eduardo recebe. Há algumas semanas, seu irmão, o senador Flávio Bolsonaro, conversou com ele sobre a “forma de comunicação” que vinha adotando. Parlamentares do PL relataram que a conversa que o senador teve com o irmão teria sido um pedido do próprio Bolsonaro, que já estava incomodado com o excesso de exposição de Eduardo.
Eduardo já deu sinais de que a influência de Bolsonaro sobre sua atuação tem limites. O deputado já sinalizou que pretende se lançar candidato à Presidência, mesmo sem o apoio do ex-presidente. Ele avalia, inclusive, disputar a eleição contra um nome lançado por Bolsonaro, caso o capitão decida apoiar Tarcísio de Freitas.
Fase ruim
Nos últimos dias, Eduardo tem sofrido seguidos reveses e vê a cassação do seu mandato cada vez mais próxima de acontecer. Na última segunda-feira, 22, ele foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF) por coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.
No dia seguinte, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados abriu um novo processo disciplinar contra ele. Eduardo já tem quatro representações no colegiado que miram sua cassação.
Por fim, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), barrou a indicação de Eduardo para a liderança da minoria na Casa. A medida foi uma forma de tentar driblar a perda do mandato por faltas, e permitir que ele continue como deputado mesmo à distância.
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