POLÍTICA
Ciro Gomes entra no Serasa após perder processo
Em 2018 e 2022, quando concorreu à presidência da República, uma das principais propostas do pedetista foi o programa Nome Limpo
Por Redação

O nome do ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), passou a constar no Serasa. A inclusão no cadastro de inadimplentes se deu por descumprimento de uma ordem judicial, após Ciro perder um processo de ação de danos morais ajuizada por ele mesmo contra Felippe da Silva Hermes. A informação é do portal Metrópoles.
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Vale lembrar que em 2018 e 2022, quando concorreu à presidência da República, uma das principais propostas do pedetista foi o programa Nome Limpo. Ele prometia quitação das dívidas de consumidores que estavam com o nome sujo no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC).
No processo, Ciro Gomes alegou que o escritor e colunista de economia Felippe Hermes teria iniciado em 30 de agosto de 2021 divulgações de um artigo postado no site BlockTrends, sob o título “Das ideias malucas do Ciro Gomes que vão acabar fazendo o país ir parar no SPC”.
Ciro também mencionou que, em setembro de 2021, Hermes fez postagens de cunho ofensivo e difamatório contra o pedetista. Por isso, teria cometido abuso do direito à liberdade de expressão.
No entanto, em 24 de outubro de 2023, na 10ª Vara Cível de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, a ação foi julgada improcedente. O juiz Alexandre Schwartz Manica destacou: “A parte autora, por ser um político, está exposta a uma maior visibilidade, uma maior exposição pública, em que a crítica como opinião nem sempre fere a imagem e a intimidade, porque há disputadas de caráter ideológico, devendo-se ter maior tolerância com certas manifestações, próprias do jogo político.”
O magistrado condenou Ciro Gomes ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios sucumbenciais, fixados em 10% sobre o valor atualizado da causa, com correção monetária. Ciro não recorreu da decisão. Apesar de ter sido intimado, o político não quitou a dívida.
“No intuito de recebermos o valor que se aproxima de ínfimos R$ 1.000, realizamos um bloqueio nas contas, contudo não foi localizado qualquer valor em conta bancária e agora houve a inscrição dele nos órgãos de restrição de crédito”, explicou ao Metrópoles uma advogada de Hermes.
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