POLÍTICA
Deputado baiano contesta proposta de Haddad sobre emendas
"Quem faz orçamento é o Congresso”, afirmou Alex Santana, criticando o plano do governo

Por Flávia Requião

O deputado federal Alex Santana (Republicanos-BA) reagiu, nesta quarta-feira, 15, à possível decisão do governo Lula de cortar mais de R$ 7 bilhões em emendas parlamentares para ajustar o Orçamento de 2026.
“Quem faz orçamento não é o governo, quem faz orçamento é o Congresso. Isso é uma prerrogativa do Congresso. Ele cumpre ou não a responsabilidade do cumprimento dele no Executivo ou não cumprir. Só que essa é uma obrigatoriedade do Congresso fazer”, declarou.
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“Ele não pode cortar. É o Congresso que vota”, ressaltou, em conversa com o Portal A TARDE.
Ainda segundo o parlamentar, sinalizar um possível corte “é um direito que cabe ao Executivo”, mas ele reforçou que “cabe ao Congresso analisar se acata ou não a proposta”.
Questionado sobre o corte ser uma solução adotada pela equipe econômica diante da derrota do governo, o parlamentar afirmou:
“Eu acho que, se a gente entrar em uma guerra de braços entre o governo estar retalhando o Congresso com proposta de corte no orçamento, ele deveria estar preocupado em fazer os cortes dos gastos públicos que ele está ocasionando, deixando de criar despesas, se preocupando com o interesse melhor dos setores da sociedade, como a indústria, como a agro, como outros, pensando em cortar os benefícios pessoais. Eu acho que é uma preocupação maior nesse sentido.”
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta terça, 14, que o governo pode cortar mais de R$ 7 bilhões em emendas parlamentares para ajustar o Orçamento de 2026, medida que pode gerar atritos com o Congresso. A decisão, segundo ele, dependerá do cenário fiscal.
A proposta surge após a derrubada da MP 1303/2025, que alterava regras de tributação de aplicações financeiras. Na ocasião, o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), já havia sinalizado que o corte poderia ser a alternativa da equipe econômica.
Em paralelo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou um “pente fino” em cargos do Centrão dentro do governo, conduzido pela ministra Gleisi Hoffmann (PT), em resposta à articulação que levou à derrota da MP na Câmara.
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