RECUOU
Deputado que desejou morte de Lula pede desculpas: “Exagerei”
Fala do parlamentar gerou fortes reações
Por Redação

O deputado federal Gilvan da Federal (PL-ES) pediu desculpas após desejar a morte do presidente Lula (PT). Em discurso no plenário da Câmara nesta quinta-feira, 10, o parlamentar reconheceu que "exagerou" e disse que não deveria desejar o mal de ninguém porque é cristão.
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“Um cristão não deve desejar a morte de ninguém. Eu não desejo a morte de qualquer pessoa, mas continuo entendendo que Luiz Inácio Lula da Silva deveria estar preso, deveria pagar por tudo que ele fez de mal ao nosso país, mas reconheço que exagerei na minha fala. Peço desculpas”, afirmou o deputado.
A fala do parlamentar gerou fortes reações. A Advocacia-Geral da União (AGU) encaminhou notícia de fato à Polícia Federal (PF) e à Procuradoria-Geral da República (PGR), solicitando que ambas instituições adotem as providências cabíveis, incluindo possível investigação criminal, em razão das declarações feitas hoje pelo deputado.
No despacho, a AGU informa que as declarações podem configurar, em tese, os crimes de incitação ao crime (art. 286 do Código Penal) e ameaça (art. 147 do Código Penal), merecendo apuração rigorosa pelos órgãos competentes.
Além de encaminhar a notícia de fato à PF e PGR, a AGU determinou a imediata instauração de procedimento administrativo interno para apurar o fato, ressaltando que as providências adotadas “visam à salvaguarda da integridade das instituições republicanas e do Estado Democrático de Direito”.
A fala de Gilvan foi criticada até mesmo pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Na sessão legislativa de quarta-feira, 9, o congressista citou o seu pai e relembrou as mesmas falas direcionadas ao ex-mandatário. Para Flávio, o posicionamento do seu correligionário deve ser considerado “reprovável”.
O discurso
Durante sessão na Comissão de Segurança da Câmara da última terça-feira, 8, Gilvan da Federal disse que queria que o presidente morresse.
“Eu quero mais que o Lula morra, quero que ele vá para o quinto dos infernos, é um direito meu”, iniciou o aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O parlamentar ainda afirmou que não é capaz de matar o chefe do Executivo nacional, mas voltou a desejar a morte do rival histórico.
“Não vou dizer que eu vou matar o cara, mas eu quero que ele morra, que vá para o quinto dos infernos. Nem o diabo quer o Lula, por isso que ele está vivendo aí. Superou o câncer. Tomara que ele tenha uma taquicardia, porque nem o diabo quer a desgraça desse presidente que está afundando o país. Quero mais que ele morra mesmo".
Gilvan é relator de um projeto que prevê desarmar a segurança pessoal do presidente. O texto foi aprovado na comissão, mas ainda precisa passar pelo plenário da Câmara.
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