POLÍTICA
Deputados se arrependem após voto favorável na PEC da Blindagem
Parlamentares de esquerda publicaram posicionamentos nas redes sociais se retratando

Por Redação

Após a votação da PEC da Blindagem, que aconteceu na última terça-feira, 16, na Câmara dos Deputados, diversos posicionamentos contrários ao projeto foram publicados nas redes sociais.
Além de artistas de renome, parlamentares que votaram ao favor da PEC usaram os seus perfis para se retratarem do voto favorável. Deputados da esquerda também foram às redes para dar explicações. O levantamento foi feito pela consultoria Bites feito a pedido jornal O GLOBO.
A deputada Silvye Alves (União-GO) afirmou que vai sair do partido após a repercussão polêmica. Ela disse ter sofrido pressões de pessoas influentes do mundo político.
O deputado Merlong Solano (PT-PI) disse que seu voto favorável teve por objetivo de “ajudar a impedir o avanço da anistia e viabilizar a votação de pautas importantes para o povo brasileiro, como a isenção do Imposto de Renda, a MP do Gás do Povo, a taxação das casas de apostas e dos super-ricos, além do novo Plano Nacional de Educação”.
Contudo, em nota publicada no seu perfil no Instagram, admitiu que “esse esforço não surtiu efeito”.
O irmão do prefeito de Recife, Pedro Campos, também gravou um vídeo se explicando sobre a votação da PEC da Blindagem.
O deputado Thiago de Joaldo (PP-SE) também disse que se arrependeu e mudou de posição. "Errei ao votar favoravelmente à PEC da Blindagem. Vergonha é insistir no erro", escreveu o deputado nas redes sociais.
Ainda de acordo com o levantamento da Bites, desde terça-feira a PEC da Blindagem gerou quase 1,6 milhão de menções. A maior parte deste volume veio da plataforma X (antigo Twitter). A Bites aponta que há poucos sinais de que o tema tenha saído da bolha, o que pode ter ocorrido por uma sobreposição da pauta com a aprovação da urgência da tramitação do projeto.
"A pressão sobre os deputados ajudou a consolidar uma oposição no Senado ao texto, até por parlamentares da direita. Essa pressão ocorreu também por nomes que não estão ligados ao governo, que conseguiram constranger deputados petistas que votaram a favor", pontuou o diretor-adjunto da Bites, André Eler.
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