ARRUMAÇÃO
Entenda a relação entre a PEC da Blindagem, anistia e eleição de 2026
Arranjo visa a abrir caminho para Tarcísio de Freitas disputar presidência sem Bolsonaro

Por Redação

A eleição de 2026 é o elo que une o Centrão, bolsonaristas, a PEC da Blindagem, aprovada pela Câmara dos Deputados na noite de terça-feira, 16, e a articulação por uma anistia para os golpistas do 8 de janeiro.
De acordo com a jornalista Andreia Sadi, da Globonews, o arranjo em construção visa a abrir caminho para o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), mantendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) só retomou o comando da Casa após o motim da oposição em agosto após um acordo com líderes do Centrão que previa justamente o avanço da PEC da blindagem. Ao mesmo tempo, ele se comprometeu com Bolsonaro a, pelo menos, pautar a anistia para os golpistas ainda neste ano.
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No momento, os interesses estão conflitantes. Enquanto os bolsonaristas não abrem mão de uma anistia "ampla, geral e irrestrita", o Centrão trabalha com um texto de "redução de penas".
O argumento usado pelo Centrão para convencer os aliados de Bolsonaro é que uma anistia ampla não passaria no Senado e seria declarada inconstitucional pelo STF. A proposta de redução de penas, por outro lado, teria "clima para passar" e não enfrentaria resistência na Corte.
A estratégia do Centrão, no entanto, tem um ponto crucial: o texto beneficiaria o ex-presidente, mas sem reverter sua inelegibilidade.
Fator Tarcísio
Publicamente, o Centrão trabalha para viabilizar a candidatura de Tarcísio de Freitas ao Planalto e rifar de vez Bolsonaro da disputa presidencial.
O arranjo que se desenha no Congresso é o de aprovar a PEC da blindagem para garantir a proteção dos próprios parlamentares e, ao mesmo tempo, atender aos bolsonaristas com uma anistia branda, mas que mantenha Bolsonaro fora do jogo de 2026.
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