POLÍTICA
Fraudes no INSS tiveram início na década de 90, afirma relator
CPMI que apura responsabilidade de desvio bilionário na previdência teve início nesta terça
Por Redação

Os descontos indevidos de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), que caracterizam a "Fradude do INSS" não começaram nos governo Lula ou Bolsonaro, conforme afirmou o relator do colegiado, o deputado Alfredo Gaspar (União-AL). Os trabalhos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que vai apurar os desvios foram iniciados nesta terça-feira, 26.
De acordo com o parlamentar, as investigações terão como marco inicial o ano de 2015, durante o governo Dilma Rousseff. No entanto, segundo ele, as irregularidades remontam à década de 1990 e, por isso, não haveria sentido em investigar crimes já prescritos.
“Eu discordo quando se fala que [as fraudes] começaram no governo Bolsonaro. Essas fraudes tiveram início quando foram firmados os acordos de cooperação técnica sem mecanismos de integridade para os descontos previdenciários”, disse o deputado ao colunista Paulo Capelli, do Metrópoles.
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“Isso começou a partir de 1994, com os acordos de cooperação técnica. Mas não temos como voltar a esse período por dois fatores. O primeiro é a prescrição. Para que gastar tempo e dinheiro investigando algo que não resultará em punição? O segundo é que o volume de dados e o tamanho da investigação inviabilizam retroceder tanto. Por isso, estabeleci no plano de trabalho que a apuração começará em 2015”, completou o relator.
Convocações e convites a presidentes
Parte dos requerimentos pedem a presença de ex-presidentes. Em dois deles, dos deputados federais Rogério Correia (PT-MG) e Alencar Santana (PT-SP), há pedidos para Jair Bolsonaro ser convocado. No caso de uma convocação, a participação é obrigatória.
A senadora Damares Alves (Republicanos-DF), ainda fez requerimentos para convidar os ex-presidentes Dilma Rousseff, Michel Temer; e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Neste caso, de convite, a participação é facultativa.
Os pedidos foram protocolados, mas ainda precisam ser votados pela maioria dos membros das CPMI para passar a valer.
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