NOVOS ARES
Hugo Motta promete retirar "pautas tóxicas" após protestos
Presidente da Câmara reconheceu desgaste político após "semana difícil" e falou sobre mobilizações no domingo, 21

Por Yuri Abreu

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta segunda-feira, 22, que o momento é de "tirar da frente todas essas pautas tóxicas". A fala ocorreu uma dia depois aos diversos protestos, pelo país, contra a PEC da Blindagem e o projeto de Lei (PL) da Anistia — as matérias foram aprovadas na semana passada, na própria Câmara.
A declaração do republicano foi dada em um evento voltado ao mercado financeiro, em São Paulo, quando foi questionado justamente sobre as manifestações. Para ele, os atos demonstraram que "a nossa democracia segue mais viva do que nunca", mas que o "Brasil precisa olhar pra frente", e discutir temas como:
- reforma administrativa;
- isenção do Imposto de Renda;
- segurança pública.
É chegado o momento de tirarmos da frente todas essas pautas tóxicas
Para Motta, a última semana "talvez tenha sido a mais difícil e mais desafiadora" da Câmara. "É chegado o momento de tirarmos da frente todas essas pautas tóxicas. Mas este presidente que vos fala [...] nós decidimos que vamos tirar essas pautas tóxicas porque ninguém aguenta mais essa discussão."
Ainda conforme o republicano, a votação sobre a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem recebe até R$ 5 mil por mês deve ficar para a próxima semana.
Com relação à decisão a ser tomada pelo Senado acerca da PEC da Blindagem, Hugo Motta afirmou que vai respeitar a posição que a Casa Alta tiver sobre o tema, mas ressaltou que a Câmara se sentiu no direito de defender o exercício parlamentar.
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Sobre o projeto da anistia, que teve a urgência aprovada pela Câmara, Motta disse considerar que a proposta "é uma saída, sim, política boa para o país". "É uma saída possível dentro das nossas regras legais, reconhecendo o papel de cada um na sua responsabilidade, o Poder Judiciário, Legislativo e Executivo", afirmou.
Imprensa estimula "pauta do conflito", diz presidente
Na sua fala, Hugo Motta culpou a imprensa por priorizar o que ele chamou de "pauta do conflito", apesar de a Casa ter conseguido aprovar matérias importantes e passado por um "momento desafiador".
"O Parlamento tem conseguido aprovar matérias importantes que acabam não tendo muita visibilidade porque a pauta que vemos o noticiário liderar é sempre a pauta do conflito, a pauta que anima esses polos e deixa aqueles assuntos bem mais importantes e fazem parte da realidade da nossa população num segundo plano", afirmou.
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