SEGURANÇA PÚBLICA
Jerônimo reage a comparação entre megaoperações na Bahia e no Rio
Governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT) comentou declaração de Lula sobre "matança" durante ação no Rio de Janeiro

Por Yuri Abreu

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), afirmou que a operação "Freedom", realizada pelas forças de segurança do Estado, na terça-feira, 4, e que culminou com 38 presos e uma morte, não foi uma resposta à megaoperação "Contenção", das polícias Militar e Civil, no Rio de Janeiro, na semana passada, e resultou em mais de 120 mortes — sendo quatro de policiais envolvidos nos trabalhos.
De acordo com o petista, a "Freedom" já estava sendo estudada há pelo menos um ano. "Não é uma resposta a operação no Rio de Janeiro", afirmou o governador em entrevista ao UOL, nesta quarta-feira, 5.
Para o titular do Palácio de Ondina, ainda que o Estado tenha que ter pulso forte, a sociedade, as famílias e as pessoas precisam exercer o direito de ir e vir. "A estrutura de estado tem que funcionar atuando nas mais diversas frentes", acrescentou.
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De quem é a culpa?
Na semana passada, o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), mencionou que entre os mortos na megaoperação estavam membros de facções do Comando Vermelho e do PCC oriundos de estados como a Bahia e o Ceará, insinuando que as demais unidades da federação estariam contribuindo com a violência na capital fluminense — porém, o CV e o PCC tem origem no Rio de Janeiro e São Paulo.
Perguntado se a culpa, então, seria dos governadores dos dois estados, Jerônimo reforçou que a segurança pública é uma questão nacional. "O problema é nacional e não ouso apontar que a culpa seja de São Paulo ou do Rio de Janeiro. A gente não vai resolver dessa forma", disse.
Movimento eleitoral?
Por último, o governador da Bahia disse espera que a megaoperação não tenha sido um movimento eleitoral por parte de Cláudio Castro e às custas de uma comunidade e pessoas inocentes.
"Que o judiciário apure e tome as medidas cabíveis. Espero ainda que seja logo aprovada o projeto do presidente Lula que endureça a atuação das facções", finalizou Jerônimo, ao referir-se a Projeto de Lei da Antifacção, encaminhado pelo Poder executivo nesta semana ao Congresso.
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