TENSÃO
Leandro de Jesus chama esquerda de 'assassina' e gera reações na Alba
Deputados governistas responderam às declarações de parlamentar ligado ao bolsonarismo: "você que estimula guerra", responde Rosemberg Pinto

Por Yuri Abreu

Apesar do baixo quórum registrado na sessão desta terça-feira, 16, na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), o Pequeno Expediente da Casa foi movimentado com acusações entre os deputados governistas e de oposição, tendo com panos de fundo a morte do ativista conservador norte-americano, Charlie Kirk, e a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), na semana passada.
Tudo começou durante o discurso do deputado Leandro de Jesus (PL). O parlamentar criticava a esquerda por, segundo ele, agir de forma extremista contra aquelas pessoas que pensam diferentes delas. Para o liberal, "seja por ação ou omissão, todo militante de esquerda é um potencial assassino".
"Nós que somos conservadores, nós que somos a direita e a maioria deste país, tomaremos um posicionamento diferente, aliás bem diferente, nestes embates históricos e também vindouros com relação à esquerda, colocando-os no seu devido lugar e fazendo com que a população tenha ciência, não apenas por questões históricas, mas também futuras: todo militante de esquerda é um potencial assassino, seja por ação ou por omissão", disparou Leandro de Jesus.
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A reação da base de oposição foi imediata. O líder governista na Alba, Rosemberg Pinto (PT), disse que o colega de parlamento deveria "respeitar a Casa", acusou Leandro de "estimular a guerra dentro da Assembleia" e provocar os pares com as suas falas.
"O deputado precisa se respeitar e respeitar essa casa. É a turma dele que assassinou um conjunto significativo de pessoas no período da ditadura militar. Todo mundo fala em Deus, mas são os primeiros a fazer determinados posicionamentos contrário à espiritualidade e a crença em Deus. Eu quero aqui reafirmar que a esquerda não é potencial assassino", iniciou.
"É você que estimula guerra e disputa. Aqui na casa, todas as suas falas são de provocação aos colegas. Você precisa respeitar a casa e respeitar os colegas. Eu quero encerrar afirmando quem matou pessoas inocentes no Brasil foi essa a direita autoritária do golpe militar de 1964", completou Rosemberg Pinto.
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