POLÍTICA
Modal da BYD e VLT: principais diferenças que você precisa saber
Descubra como esses dois sistemas elétricos de transporte público funcionam, suas características, vantagens e o que cada um representa
Por Flávia Requião

Nos últimos meses, o setor de transporte público da Bahia tem ganhado atenção com as obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) de Salvador, mas você sabia que também existe outra alternativa semelhante a esse modal no Brasil? O Veículo Leve sobre Pneus (VLP).
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O que é VLP?

O VLP é um sistema semelhante ao VLT, porém os veículos circulam sobre pneus, não sobre trilhos. O transporte geralmente usa energia elétrica, mantendo o foco na sustentabilidade e eficiência energética. O veículo é mais econômico e com menor custo de manutenção.
Um exemplo pioneiro da adoção desse veículo no Brasil foi lançado pela Prefeitura de São José dos Campos (SP), que apresentou em agosto de 2020 o primeiro VLP articulado 100% elétrico do país. Desenvolvido pela montadora chinesa Build Your Dreams (BYD), o projeto faz parte da moderna Linha Verde, um corredor sustentável que vai interligar as regiões mais populosas da cidade.

O modelo de SP possui 22 metros de comprimento, baterias de fosfato ferro lítio (LifePO4), com autonomia de 250 quilômetros com uma carga completa de três horas e capacidade para 168 passageiros, além dos espaços para cadeirantes.
VLP da BYD na Bahia
Embora a fábrica da BYD esteja prestes a ser inaugurada no Polo Petroquímico de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), ainda não há previsão para a produção do modal VLP na unidade baiana.
O que é VLT?
Em processo de implantação na capital baiana, o VLT é um modal de transporte semelhante a trens, mas com características que o diferenciam. Ele circula no nível da rua, como acontece em outras capitais brasileiras, como Rio de Janeiro e Recife. Suas composições são menores e transportam menos passageiros do que trens e metrôs, o que o torna mais leve, ocupa menos espaço nas vias e gera menos ruído durante o percurso.
As estações do VLT não têm catraca de acesso e o pagamento é feito dentro do vagão. A composição também se movimenta em velocidade mais baixa do que a de trens e metrôs – 20 km/h, em média.
VLT de Salvador
Orçado em mais de R$ 5 bilhões, o VLT de Salvador recebeu autorização para o início das obras em junho de 2024 e a previsão é que o modal esteja 100% implantado até agosto de 2028.

O modal visa substituir o antigo trem do subúrbio, conectando a Ilha de São João, o Subúrbio Ferroviário, o centro e a orla da cidade. No total, o modal terá 40 km, com 41 paradas + Estação Calçada. A expectativa é de que o primeiro lote, que liga a Calçada até a Ilha de São João, seja entregue aos soteropolitanos ainda no primeiro semestre de 2026.
As obras estão divididas em três trechos simultâneos:
- Trecho 1: Ilha de São João – Calçada: 16,66 km; 19 paradas entre Ilha de São João e Calçada + Estação Calçada + Extensão Calçada - Comércio com 3,58 km de via permanente singela.
- Trecho 2: Paripe – Águas Claras: 9,20 km; 8 paradas entre Paripe e Águas Claras
- Trecho 3: Águas Claras – Piatã: 10,52 km. 9 paradas entre Águas Claras e Piatã

Os trens da capital baiana terão capacidade para até 400 passageiros, ligeiramente abaixo dos 420 do sistema carioca. O projeto prevê atender até 100 mil pessoas por dia.
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