NO XADREZ
Moraes manda prender ex-assessor de Bolsonaro por "desprezo" ao STF
PF cumpriu mandado de prisão expedido pela Corte
Por Redação

O ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), coronel Marcelo Câmara, teve a prisão determinada nesta quarta-feira, 18, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Na decisão, o magistrado aponta que uma possível obstrução da Justiça por parte do aliado de Bolsonaro, devido a trama golpista que tentava manter Bolsonaro no poder após a derrota.
Moraes ainda afirmou que o ex-assessor da Presidência da República descumpriu medidas cautelares. O magistrado também diz que a conduta de Câmara diante das determinações legais demonstram “completo desprezo” pelo STF e pelo Poder Judiciário.

A Polícia Federal (PF) cumpriu o mandado de prisão expedido pela Corte.
Entenda prisão
Antes desta determinação, Marcelo Câmara já havia sido preso por ordem de Moraes na trama golpista, no dia 16 de janeiro de 2024, no entanto, ele foi liberado em maio daquele ano.
Após a liberação de Câmara, o ministro determinou algumas restrições, dentre elas, estava o uso de redes sociais.
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O advogado de Câmara usou uma rede social para se comunicar com Cid, quebrando, no entendimento de Moraes, e restrição estabelecida.
A defesa de Câmara tentava obter informações sobre a colaboração premiada feita por Cid. O contato do advogado de Câmara, bem como o motivo da conversa, configuraram a obstrução de Justiça, motivo para a prisão do coronel do Exército.
Interrogatório
Ao ser interrogado por Alexandre de Moares, Mauro Cid foi perguntado pela defesa de Jair Bolsonaro se tinha conhecimento sobre os perfis @gabrielar702 e Gabriela R, no Instagram, que são identificados com mesmo nome da esposa do militar, Gabriela Cid.
Ele respondeu que não sabia se o perfil era de sua esposa e afirmou que não usou redes sociais para se comunicar com outros investigados.
Em contrapartida, os advogados do ex-presidente levantaram a suspeita de que Cid usou o perfil para vazar informações de seus depoimentos de delação.
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