POLÍTICA
Muniz projeta PSDB forte em 2026 e apoio "incondicional" a Bruno Reis
Presidente da Câmara apoiou nome de Tiago Correia para comandar estadual do partido
Por Fernando Valverde e Lula Bonfim
Ingresso no PSDB neste ano, após uma longa conversa entre diversos partidos que o cortejavam, o presidente da Câmara Municipal de Salvador, Carlos Muniz, afirmou durante a convenção estadual do partido que o intuito é fortalecer as bases em 2024 para que o partido tenha uma força ainda maior em 2026.
De acordo com o líder tucano, a chegada de Tiago Correia, que assume a presidência estadual da legenda no lugar de Adolfo Viana, atual líder da Federação PSDB-Cidadania, é um passo na direção certa.
"Esperamos que Thiago venha fazer o papel que Adolfo vinha fazendo, que é o acordo do diálogo e da união e que o PSDB se fortaleça ainda mais aqui em Salvador e na Bahia. Já Adolfo, espero que o que ele fez pelo PSDB ele faça pela Federação, principalmente nessa nova eleição que vem, para que possamos fortalecer o partido não só na capital, mas em toda Bahia. Assim espero que seja, para que no futuro tenhamos uma partida mais forte e que o PSDB tenha uma força maior na eleição de 2026, diferentemente de 2022 que não foi uma boa eleição na Bahia", apontou.
A intenção de um PSDB forte, e que aumentasse a sua entrada nos municípios com a eleição de vereadores e prefeitos em 2024, chegou a passar por um possível acordo com o governo Jerônimo Rodrigues (PT), uma espécie de "namoro", como foi frisado pelas duas partes, que não acabou em casamento. De acordo com Muniz, a falta de interesse do governo no diálogo esfriou a situação.
"O PSDB queria ajudar, mas não tem obrigação alguma de ficar buscando o governo. O tempo pra isso acabou e o PSDB vem fazendo uma oposição correta, sem alarde, sem briga, uma oposição para melhorar os projetos e fazer com que o povo da Bahia tenha dias melhores", disse.
Bruno e Geraldo
Aliado próximo do vice-governador Geraldo Jr. (MDB), a quem sucedeu na cadeira máxima da CMS, Muniz chegou a afirmar que poderia contrariar o partido, caso o mesmo marchasse em outra direção, e apoiar o emedebista caso o mesmo unisse a base em torno do seu nome para a candidatura à prefeito de Salvador.
Com a ausência de definição da base do governo, ainda que agora pareça estar caminhando de novo em torno do nome de Geraldo, Muniz decidiu declarar seu apoio à reeleição do prefeito Bruno Reis (União Brasil) e afirmou que a decisão está tomada e não há retorno.
"Eu tinha um acordo com Adolfo Viana que se Geraldo Jr. juntasse forças, as mesmas forças que Jerônimo juntou na eleição dele, até setembro, eu, Carlos Muniz, poderia estar com Geraldo. Em agosto o PT lançou candidato e essa força que Jerônimo teve, Geraldo nunca poderia ter se o PT tem um candidato. Então eu tomei uma decisão, junto com todo o grupo político que me acompanha, de apoiar Bruno Reis. Se houvesse uma loucura na minha mente de eu voltar atrás nisso, eu iria deixar a política. Não mudarei de forma nenhuma esse apoio, que é incondicional. Única chance é se por acaso Bruno Reis não for candidato", finalizou.
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