PROTAGONISMO
Petistas e bolsonaristas travam nova guerra após megaoperação no Rio
Aliado do ex-presidente Bolsonaro, Cláudio Castro, criticou governo Lula

Por Yuri Abreu

A megaoperação das Polícias Militar e Civil no Rio de Janeiro que resultou na morte de 64 pessoas — segundo dados oficiais — fez com que petistas e bolsonaristas entrassem novamente em pé-de-guerra, devido à mobilização nas redes sociais.
Entre os aliados do presidente Lula (PT), o governo teria conseguido, após a operação Carbono Oculto, que teve o PCC como alvo, trazer a seu favor o discurso sobre segurança. Isso acabou irritando os bolsonaristas.
Agora, lideranças do PT no Congresso, conforme o colunista Igor Gadelha, do Metrópoles, estão observando um movimento dos apoiadores do ex-presidenteJair Bolsonaro (PL) para utilizar a megaoperação como forma de retomar o protagonismo das discussões no âmbito da direita.
Petistas avaliam que as críticas feitas a Lula pelo governador do Rio, Cláudio Castro (PL), assim como por aliados do liberal, após o evento, seriam "de caso pensado".
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Como forma de reagir, petistas já tem feito mobilizações, nos bastidores. A estratégia envolve, por exemplo, intensificar a pressão para votar a PEC da Segurança, que está paralisada na Câmara dos Deputados.
Outra medida esperada é o avanço do projeto de lei antifacções, represada na Casa Civil. Caciques do PT afirmam que o governo deverá acelerar a formulação do texto para enviá-lo à Casa Legislativa.
Lula pode adotar medida extrema para conter crise na segurança do Rio
O presidente Lula (PT) pode tomar uma medida extrema para conter a crise na segurança pública do Rio de Janeiro após a megaoperação que deixou, segundo dados oficiais, 64 mortos — 4 deles policiais.
O mandatário terá uma reunião em Brasília, nesta quarta-feira, 29, com os ministros Rui Costa (Casa Civil), Ricardo Lewandowski (Justiça) e Jorge Messias (AGU), além do diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, para definir o que o Planalto pode oferecer ao Rio de Janeiro para garantir a segurança no estado.
No entorno do presidente, de acordo com o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, uma das possibilidades mais repetidas é a decretação da chamada GLO (Garantia da Lei e da Ordem).
Segundo um interlocutor próximo ao petista, a GLO seria o único modo de o governo federal dar uma resposta concreta e imediata à crise. Do contrário, seria como "lavar as mãos" e deixar tudo nas mãos do governador do Rio, Cláudio Castro (PL).
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