FRAUDE NO INSS
Presidente da Conafer foragido deve se apresentar à Polícia Federal
Carlos Roberto Ferreira Lopes não foi encontrado após mandado de prisão

Por Redação

O presidente da Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores (Conafer),, é considerado foragido pela Polícia Federal após não ser encontrado na quinta-feira, 13, durante a operação Sem Desconto. A prisão de Carlos foi determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com a entidade, Lopes não está foragido, mas sim em viagem em área de difícil acesso. “Ressalta-se que sua ausência não decorreu, em nenhum momento, de tentativa de evasão, ocultação ou resistência à atuação das autoridades públicas”, diz a Conafer.
A confederação diz, também, que o presidente está em processo de retorno e se apresentará às autoridades competentes assim que tiver acesso aos autos.
“A entidade reafirma que, desde o início das investigações, sempre se colocou à disposição para fornecer informações, documentos e esclarecimentos que se façam necessários, mantendo postura institucional de respeito absoluto às normas legais e às instituições responsáveis pela condução do processo”, acrescenta a nota.
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Envolvimento de Lopes
A Polícia Federal afirma que a entidade comandada por Lopes atuava como uma organização criminosa estruturada, com divisão hierárquica e funções claramente definidas, distribuídas em três núcleos principais. Segundo as investigações, o núcleo de comando era liderado pelo próprio presidente da confederação, responsável por orientar as fraudes e articular apoio político.
A apuração também revelou que a Conafer mantinha planilhas de pagamento de propina destinadas a diretores do INSS e a políticos, identificados por meio de apelidos.
Conforme a PF, dos R$ 708,2 milhões repassados pelo INSS à Conafer, R$ 640 milhões foram desviados para empresas de fachada e contas de operadores financeiros ligados ao grupo investigado.
Lopes preside a Conafer desde 2011 e já havia sido preso anteriormente por falso testemunho durante depoimento à CPMI do INSS no Congresso. Ele foi liberado após pagar fiança de R$ 5 mil.
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