POLÍTICA
Preso, Fernando Collor de Mello é expulso de partido
Ex-presidente estava filiado ao recém-criado PRD
Por Redação

Preso nas primeiras horas desta sexta-feira, 25, o ex-presidente Fernando Collor de Mello teve cancelada sua filiação ao Partido Renovação Democrática (PRD). A sigla recém-criada é fruto da fusão entre o PTB e o Patriota.
Collor esteve no extinto PTB entre 2022 e 2023, sendo candidato a governador de Alagoas nas últimas eleições, seguindo um pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que precisava de um palanque no estado.
Em nota, o PRD afirmou não saber, até a prisão do político, da sua filiação ao partido. A legenda ainda pontuou que a desfiliação de Collor segue o artigo 15 da Constituição Federal, no que diz respeito a quem tem seus direitos cassados.
"O PRD Nacional, na condição de partido político reafirma seu compromisso com todos os preceitos basilares da democracia brasileira, com a verdade, boa administração e honestidade. Nesta manhã, 25, tivemos notícias através de veículos de comunicação que o ex-presidente da República Sr. Fernando Collor de Mello que aguardava o julgamento referente à processo crime oriundo da Operação Lava Jato, teve seu último recurso negado pelo Ministro Alexandre de Moraes", diz trecho da nota.
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"Nesta condição, o PRD com fundamento no artigo 15 da Constituição Federal que prevê a suspensão dos direitos políticos no caso de condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos bem como artigo 11, inciso II do Estatuto Partidário que corrobora a previsão Constitucional, informa que realizou na presente data o cancelamento da filiação partidária do Sr. Fernando Collor de Mello", diz outra parte do documento divulgado.
Fernando Collor
Fernando Collor de Mello tem um longa carreira política. Filho do ex-senador Arnon Collor de Melo (m.1983), foi prefeito de Maceió entre 1979 e 1982. Em 1987, quando ocupava o cargo de deputado federal, foi eleito governador de Alagoas. Em 1989, venceu Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sendo o primeiro presidente da República a chegar ao posto por voto direto após a ditadura militar.
Em 1992, Collor foi alvo de um impeachment, após ser o centro de um escândalo de corrupção envolvendo um esquema de tráfico de influência dentro do Palácio do Planalto.
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