POLÍTICA
Retorno de Paulo Gonet à PGR pode mudar planos de Lula para o STF
Paulo Gonet foi reconduzido ao cargo após aprovação do Senado

Por Yuri Abreu

A recondução de Paulo Gonet ao comando da Procuradoria-Geral da República (PGR), aprovada pelo Senado na quarta-feira, 12, por 45 votos a 26, pode reorganizar os planos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a indicação do próximo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
O resultado apertado — bem diferente da votação anterior, em 2023, quando Gonet foi aprovado por 65 a 11 — acendeu um alerta no Palácio do Planalto. A leitura é de que a relação com o Senado está mais tensa, e o Planalto pode adiar a escolha do substituto de Luís Roberto Barroso, que anunciou aposentadoria da Corte recentemente
Pacheco ganha força?
O principal nome cotado é o do ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, mas a resistência de parte dos senadores pode levar Lula a buscar um nome de maior consenso político.
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Entre os outros cotados, aparecem o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) — preferido por parlamentares e apoiado por ministros da Corte —, e o ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União (TCU).
Nos bastidores, aliados avaliam que o clima de oposição no Senado e a pressão nas redes sociais contra Gonet indicam um cenário mais desafiador para Lula em futuras indicações ao Supremo.
Quem é Paulo Gonet?
Procurador-geral da República (PGR) em segundo mandato, Paulo Gonet é membro do Ministério Público Federal (MPF) desde 1987. O jurista tem atuação destacada na área do direito e chegou a ocupar a assessoria do ex-ministro Francisco Rezek, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Paulo Gonet também é vencedor do Prêmio Jabuti, com o livro Curso de Direito Constitucional, escrito em parceria com Gilmar Mendes, do STF.
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